Plano do Governo Federal quer reforçar policiamento na fronteira e atinge cidades de MS

Ministério propõem 34 medidas de combate a vulnerabilidade da fronteira, MS tem 7 cidades como rota do tráfico de armas e drogas

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Ministério propõem 34 medidas de combate a vulnerabilidade da fronteira, MS tem 7 cidades como rota do tráfico de armas e drogas

O Governo Federal recebeu um documento confeccionado pelo Ministério da Integração Nacional com 34 propostas de combate a vulnerabilidade da fronteira nacional, especialmente quanto à entrada de drogas e armas contrabandeadas no Brasil.

As cidades sul-mato-grossenses de Bela Vista, Paranhos, Ponta Porã, Sete Quedas, Corumbá, Coronel Sapucaia e Mundo Novo foram apontadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Urbana da Câmara dos Deputados como principais portas de entrada de armas e drogas no Brasil.

Em 140 páginas, o trabalho entregue ao presidente Lula exibe carências de políticas públicas específicas para essas localidades e constata a facilidade que o contrabando tem para passar pelos 15,7 mil quilômetros de fronteiras terrestes.

A lista da CPI, que além das sete cidades de Mato Grosso do Sul, engloba mais dez cidades do país, indica a rota do tráfico pelo Brasil. Grande parte desse material acaba chegando as favelas do Rio de Janeiro e São Paulo.

Medidas

No relatório apresentado pelo Ministério estão desde propostas óbvias de reforço de efetivo policial e de capacitação de agentes, fiscais e outros profissionais para atuar em ações específicas até a criação de gratificações especiais para incentivar profissionais a se interessarem pelo trabalho nessas regiões.

Os problemas nos cuidados da enorme extensão da faixa de fronteira brasileira se refletem em situações cotidianas, como a entrada ilegal de armas e drogas que chegam aos grandes centros urbanos. A faixa abrange 588 cidades, espalhadas por 11 Estados, envolvendo cerca de 10 milhões de habitantes.

Uma característica especial desse vasto território é a presença das chamadas cidades-gêmeas. Na prática, são cidades vizinhas, separadas apenas pela fronteira entre os países. Em alguns casos, isso se resume ao simples gesto de atravessar uma rua, como em Ponta Porã, em MS, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

O estudo do governo mostra que, se as cidades-gêmeas podem ajudar na desejada integração da faixa de fronteira, representam também um caminho de acesso ao Brasil para o tráfico e para o contrabando. “Estas também servem de porta de entrada de produtos ilícitos de diversas naturezas e de saída de recursos naturais e minerais, explorados sem controle e ilegalmente, gerando danos ao meio ambiente”, cita o documento. (com informações do Estadão)