A morte de uma idosa de 88 anos, dois dias após quase ter sido enterrada viva em Ipatinga, no Vale do Rio Doce, em Minas, virou caso de polícia. Os interrogatórios começam nesta semana, segundo a Polícia Civil, e um inquérito deve ficar pronto em 30 dias. A intenção é apurar se houve erro médico e até que ponto o erro contribuiu para a morte de Maria das Dores da Conceição.
A semana foi tumultuada para a família de Dona Maria das Dores da Conceição, que tinha problemas circulatórios graves e nem saía mais do quarto. Na terça feira passada (21), a saúde dela piorou e ela foi internada em um hospital em Ipatinga. A idosa de 88 anos ficou em um quarto de acolhimento, porque, segundo a família, não tinha vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Um dia depois, veio a triste notícia: ela teria morrido por insuficiência respiratória. Tudo indicava que a história de vida da antiga trabalhadora rural teria fim, até que, na funerária, foi descoberto que ela não tinha morrido. A idosa foi reencaminhada ao hospital e veio, de fato, a falecer nesta sexta-feira (24).
A família cobra explicações do Hospital Municipal de Contagem. O hospital é administrado pela Prefeitura de Ipatinga, que não quis falar com a reportagem do Fantástico.
