A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues ouviu, nesta terça-feira (9), no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mais dois réus envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza Samudio. O depoimento de Wemerson Marques, o Coxinha, começou às 14h35 e terminou às 18h. Durante a manhã, o réu ouvido pela magistrada foi Flávio Caetano de Araújo, das 9h30 às 13h30. Somando os dois turnos, as oitivas duraram mais de sete horas.

Marques negou todas as acusações a ele atribuídas e disse que mentiu no primeiro depoimento à Polícia Civil. Ele havia falado que não tinha visto Eliza no sítio de Bruno. “Eu estava assustado porque os delegados disseram que eu tinha matado Eliza”, justificou.

Ele disse à magistrada que, naquela ocasião, o goleiro Bruno apresentou o bebê de Eliza como filho dele e que, em momento algum, o atleta negou a paternidade.

O réu falou também que viu Eliza pela última vez no dia 9 de junho e que o tempo que ela permaneceu no sítio teve livre acesso às dependências da propriedade, e que conversava normalmente com as pessoas que ali estavam.

Marques contou que soube do filme pornográfico feito por Eliza e que ela teria recebido outros convites para gravar no exterior. Ele informou, ainda, que enquanto ela estava no sítio do jogador não viu nenhum ferimento, sangramento ou curativo na cabeça dela.

Nesta quarta-feira (10), a partir das 8h30, Marixa deve ouvir os réus Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, a ex-namorada do jogador.