Dezoito cavalos de importantes raças cujo dono, um sargento do Corpo de Bombeiros, em Ponta Porã (MS), foi preso em julho passado por tráfico de drogas serão leiloados nesta sexta-feira, em Campo Grande. Alguns dos animais, avaliados em R$ 100 mil, podem ser arrematados por até R$ 4 mil. A razão da queda do preço: o detido escondeu os pedigrees dos animais quando encarcerado. 

Os cavalos foram abandonados com a prisão de Ales Max, no dia 22 de julho deste ano. Por determinação judicial, os animais, alguns deles de corrida, vivem hoje num haras da Capital. A falta de cuidados especiais por se tratar de raças nobres apressou a decisão judicial.

Na relação dos animais à venda aparecem as raças puro sangue inglês, crioulo e quarto de milha. A idade dos cavalos varia de 4 a 11 anos.

O leilão acontece a partir das 13h no Hotel Proença, em Campo Grande.

Caso da prisão

Policiais federais apreenderam em uma casa na cidade de Ponta Porã, 11 quilos de cocaína pura, armas, munições, dezessete mil dólares americanos e prenderam dois brasileiros, um deles sargento do Corpo de Bombeiros e um paraguaio. Ales Max, o militar brasileiro, atuava há quase três décadas na corporação.

De acordo com a assessoria da PF, os investigadores realizavam uma “campana“ na rua Itacaiuna, periferia da cidade, quando desconfiaram do veículo Ford Escort, placas GKP-6113.

Assim que o veículo estacionou em frente à casa que já estava sendo vigiados, os policiais federais abordaram os ocupantes do Escort, P.B.V., 42 anos e o paraguaio M.S.L., 27 anos e encontraram sete quilos de cocaína pura em uma mochila no banco de trás do carro.

Ao confirmarem que o comprador da droga estava no interior da residência, os policiais federais invadiram a casa e encontraram os dólares americanos na mesa da sala.

Ainda localizaram numa gaveta de uma cômoda, um revólver calibre 38, comprado ilegalmente no Paraguai, uma pistola calibre 380, registrada, munições compradas irregularmente no estrangeiro e mais quatro quilos de cocaína pura, embalada para entrega.

O dono da casa também foi preso e, para surpresa da equipe, tratava-se de Ales Max, 50 anos, sargento do Corpo de Bombeiros há 28 anos na Corporação. Ele confessou que os dólares eram destinados à compra do entorpecente.