Delegacias superlotadas têm feito com que policiais executem trabalho de carcereiro. Sinpol faz assembléia para debater o problema

Número limitado de policiais nas ruas para combater muita violência e “situação insustentável” nas celas das delegacias. Essas são as principais reclamações apontadas pelos policiais civis durante assembléia realizada na manhã de hoje em Campo Grande.

Foram aproximadamente 200 pessoas reunidas na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) para a assembléia, que convocou também representantes do Governo do Estado e do Ministério Público.

Segundo o sindicato, há um sério problema de acúmulo e desvio de funções que tem conturbado o trabalho nas delegacias de Mato Grosso do Sul. “Estamos fazendo trabalho de carcereiros. Isso atrapalha nosso trabalho: fomos contratados para ser agentes de polícia, não agentes carcerários. Precisamos exigir que nós cumpramos apenas nossas funções”, diz Maurício Godoy, presidente do Sinpol.

Além dos policiais, estiveram na assembléia: Valdemar Ruiz, representando a Secretaria de Justiça e Segurança Pública; Fernando Pacielo, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Adepol); e Gerardo Eriberto de Morais, representante do Ministério Público.