Batismo pelos mortos, uma obrigação!

Pode o homem entrar no Reino de Deus sem ser batizado? De acordo com as Escrituras Sagradas, não! Ele não pode. Então, isso implica dizer que todos aqueles que já se foram e que não “renasceram das águas”, mesmo que tenham vivido uma vida digna e aceitado o Evangelho no Mundo Espiritual, não podem ser salvas no Dia do Julgamento Final? Felizmente é possível sim reverter isso, por intermédio do “Batismo pelos Mortos”, autorizado pelo Senhor, por meio de procuradores.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, salvo engano, é a única que exerce essa ordenança de salvação em seus templos sagrados construídos em todo o mundo especificamente para esse e outros fins, de acordo com autorização e orientação do Senhor.

Sobre a importância e necessidade do batismo na vida do homem,  o Senhor é bem claro como se vê em João (3:3-5):

3 – Jesus respondeu-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus;

4 – Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5 – Jesus Respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

Então, o batismo é indispensável na vida de absolutamente todo ser humano, desde o início até o fim dos tempos. Jesus também foi batizado para cumprir toda a justiça e para mostrar o caminho a toda humanidade (Mt. 3:13-17).

O fato de nem todos terem a oportunidade de aceitar o evangelho na mortalidade, o Senhor autorizou que se realizassem, por meio de procuradores, batismos pelos mortos. Assim sendo, os que aceitam o evangelho no mundo espiritual podem qualificar-se para entrar no Reino de Deus. Mas aí surge outra questão:

– É realmente possível a pregação do evangelho no mundo espiritual?

– Que prova temos de que isso é necessário e possível?   

A resposta também  está nas Escrituras Sagradas que revelam que Jesus Cristo, na sua passagem pela Terra,  profetizou que também pregaria aos mortos. O Apóstolo Pedro nos diz que isso ocorreu no intervalo entre a Crucificação e a Ressurreição do , como vemos em I Pedro (3:18-19):

18 “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificação , na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;

19 No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão”

De acordo com o Elder D. Todd Cristofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, “a doutrina de que os vivos podem ser batizados e realizar ordenanças pelos mortos vicariamente foi revelada novamente ao Profeta Joseph Smith (ver D&C 124; 128; 132). Ele aprendeu que não só a salvação individual é oferecida aos espíritos que aguardam a ressurreição, mas que eles também podem ser unidos no céu como marido e mulher e ser selados a seus respectivos pais e mães de todas as gerações passadas, assim como seus filhos de todas as gerações seguintes podem ser selados a eles. O Senhor instruiu o Profeta de que esses ritos sagrados só podem ser realizados de maneira adequada numa casa construída em Seu nome, um templo (ver D&C 124:29-36)”.

  1. Todd Cristofferson explica que o princípio do trabalho vicário não deveria ser estranho para nenhum Cristão. No batismo de uma pessoa viva, os oficiantes agem por procuração, em lugar do Salvador. – Não é essa a doutrina principal de nossa fé? Questiona o Elder, a de que o sacrifício de Cristo expia nossos pecados satisfazendo vicariamente as exigências da justiça em relação a nós?

Outra liderança da igreja, Gordon B. Hinckley (1910-2008) afirmou: “Creio que o trabalho vicário pelos mortos se assemelha mais ao sacrifício vicário do próprio Salvador do que qualquer outro trabalho que conheço. Ele é realizado com amor, sem qualquer expectativa de remuneração, compensação ou qualquer coisa do gênero. Que princípio glorioso”.

Oportunas as palavras do Senhor em Romanos (14:9): “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos”.

E uma das comprovações da importância do batismo pelos mortos e selamento das famílias, realizados com a orientação e autorização do Senhor, encontra respaldo em várias escrituras, como em Mateus (18:18): “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”.

Para facilitar o batismo pelos mortos, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mantem vivo o maior acervo para pesquisa genealógica do mundo, com dados de milhares de milhares de pessoas falecidas em todo o planeta. Registros (óbito, casamento, nascimento…) de décadas. Esse banco de dados está disponível, gratuitamente a qualquer cidadão, em qualquer país do mundo. As pesquisas podem ser feitas online ou pessoalmente nas unidades da igreja, inclusive no Brasil.

A igreja leva esse trabalho muito a sério porque é um mandamento do Senhor e não um simples serviço à comunidade. Fazer a genealogia da família; o batismo pelos mortos; selamento de marido e mulher para a eternidade; selamento dos filhos aos pais… fazem parte do Plano de Salvação que o Senhor deixou a todos nós, para que possamos ser salvos e, por nosso intermédio, salvar os nossos que já se foram.


*Jornalista e Professor