Nesta quarta-feira, pelo menos cinco manifestações paralisaram a sede do Governo em protesto contra a situação econômica que o país enfrenta. Transportadores, prestadores de serviços, trabalhadores rurais e associações de moradores se uniram em protestos no centro de La Paz, pedindo soluções para o aumento dos preços e a falta de combustíveis.
Segundo o jornal boliviano La Razón, o Governo afirma que essas medidas obedecem a interesses políticos que buscam desestabilizar a gestão do presidente Luis Arce. Ruas foram bloqueadas em La Paz e El Alto.
Desde 2023, a Bolívia enfrenta uma crise econômica. Há escassez de dólares, o que teria afetado suas reservas internacionais destinadas à importação de combustíveis para o mercado interno.
Assim, centenas de moradores se uniram ao protesto e bloquearam vias principais em El Alto, incluindo aquelas que levam ao aeroporto internacional de La Paz.
Na semana anterior, o governo de Luis Arce anunciou medidas para reduzir o consumo de combustível, como a implementação de aulas remotas e a diminuição da frota de transporte público. Além disso, foi prometido o aumento na compra de combustível.
Dados da Defensoria do Povo indicam que 66% dos postos de gasolina no país estavam sem combustível nesta semana.
Comunicado apócrifo
Ao mesmo tempo, um comunicado apócrifo tomou conta das redes sociais do país vizinho, supostamente assinado pelo Banco Union, o principal banco do País. Ele afirma que um decreto nacional teria determinado que todos os fundos depositados em contas de poupança em dólares americanos seriam retidos e devolvidos aos seus credores em moeda nacional, pelo câmbio oficial.
Trata-se, porém, de um comunicado apócrifo, ou seja, falso, desmentido pelos representantes tanto do Banco Union, como pelo Governo boliviano, segundo o La Razon. Além disso, foi desmentido também pelo site de verificação de fake news Chequeado.
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