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Mundo

Dólar encerra estável com espera pela resposta de Trump à prisão de Bolsonaro

A moeda recua 1,69% nos três primeiros pregões de agosto
Agência Estado -
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Após oscilações bem contidas e trocas de sinal ao longo da tarde, o dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira, 5, próximo à estabilidade, na casa de R$ 5,50, em linha com o comportamento da moeda americana no exterior.

No início dos negócios, a divisa ensaiou uma movimento de alta e atingiu R$ 5,5356, mas perdeu fôlego logo em seguida com um movimento de realização de lucros, embalado por certo alívio após o presidente norte-americano, Donald Trump, não citar o Brasil em entrevista à CNBC.

Com mínima a R$ 5,4996, o dólar à vista fechou a R$ 5,5060 (-0,01%). A moeda recua 1,69% nos três primeiros pregões de agosto, após avanço de 3,07% em julho. No ano, o dólar acumula desvalorização de 10,91% em relação ao real, que apresenta no período o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas.

O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, diz que o real “até se comportou bem” apesar do aumento dos “ruídos políticos”, com investidores em “compasso de espera” pela reação de Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro.

“Acredito que é bem provável o Trump escalar ainda mais. Difícil saber o que vai vir, mas algo vem. A situação deve piorar porque nenhuma das partes parece disposta a recuar”, afirma Weigt, citando também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro .

Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado “Conselhão”, Lula disse que o presidente americano não tinha direito de anunciar taxações ao Brasil e que o governo colocará em execução um plano de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço.

“Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP”, disse, em referência à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém (PA).

Weigt avalia que o real pode se descolar de um eventual enfraquecimento global do dólar se Trump adotar medidas que restrinjam o fluxo de investimentos diretos e em portfólio ao Brasil. “Isso pioraria muito o ambiente”, afirma o tesoureiro. “Se não vier nada muito forte, o real acompanha o movimento externo e pode até se valorizar mais pelo diferencial de juros “

Pela manhã, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu o recado de quarta-feira passada, 30, quando a Selic foi mantida em 15%. Economistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) avaliam que a ata reforça a estratégia do comitê de manter a Selic em nível elevado por período prolongado. Parte do mercado, porém, vê chances de redução dos juros no fim deste ano.

“A ata reforçou um tom mais cauteloso do , sinalizando que a Selic deve permanecer em 15% por mais tempo, o que é um motivo a mais para atrair fluxo de capital especulativo para o Brasil e ajudar o real”, afirma a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, ressaltando que a liquidez foi bem reduzida, reflexo do baixo apetite por risco. “O clima é de muita incerteza por conta das ameaças de Trump, embora hoje ele não tenha mencionado especificamente o Brasil.”

No exterior, o índice DXY – que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisa fortes – também operou ao redor da estabilidade, marcando 98,774 pontos (-0,01%) no fim da tarde. Destaque para a queda de mais de 0,30% da moeda americana em relação ao iene.

Após dados fracos do mercado de trabalho americano na última sexta-feira, que reforçaram a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro, veio a leitura abaixo do esperado do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que recuou de 50,8 em junho para 50,1 em julho. A previsão era de alta do índice para 51,3. Leituras acima de 50 indicam expansão de atividade.

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