O Kremlin descartou nesta terça-feira (30) como absurdas as afirmações da inteligência dos Estados Unidos de que a Rússia está tentando se intrometer na eleição presidencial e disse que os espiões dos EUA estavam tentando colocar a Rússia como inimiga.

A inteligência dos EUA afirmou que a Rússia continua sendo a “ameaça predominante” às eleições norte-americanas e que Moscou está usando um arsenal complexo de ferramentas para apoiar um dos candidatos e semear divisões.

“Quanto a essas acusações, elas são absurdas e nós as rejeitamos veementemente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando perguntado sobre os relatos de Washington.

“Haverá muitas declarações desse tipo à medida que as eleições nos EUA se aproximam, porque a Rússia e o chefe do Estado russo pessoalmente são fatores essencialmente significativos que tanto os republicanos quanto os democratas exploram durante sua luta política, especialmente na campanha eleitoral”, declarou Peskov.

O presidente Vladimir Putin ainda não comentou em público a saída de Joe Biden da corrida eleitoral.

Putin já havia sugerido no passado que, para a Rússia, Biden era preferível a Donald Trump, embora não tenha ficado claro se ele estava falando sério ou sendo sarcástico.

O Kremlin tem sido cauteloso em relação a Kamala Harris, dizendo que a vice-presidente não fez nenhuma contribuição perceptível para as relações com Moscou, além de uma retórica hostil.