A Índia bateu o recorde de temperatura nesta quarta-feira, 29. A capital do país, Nova Délhi, registou 52,3°C. O território indiano vem sofrendo com enchentes, ciclones e secas devido às mudanças climáticas.

O Departamento Meteorológico da Índia (DMI, sigla em inglês) divulgou que as “condições severas de calor” foram identificadas no subúrbio de Mungeshpur.

As autoridades indianas estão recomendando às pessoas que vivem nos estados do norte e do oeste do país a evitarem exposição ao sol, se hidratarem e usarem roupas claras. Águas estão sendo borrifadas nas estradas e alguns moradores foram transferidos para abrigos.

Devido ao aumento do uso de ar-condicionado, a região está sofrendo com apagões duradouros. Além da sobrecarga na energia, as temperaturas altas prejudicam as plantações do país.

Desde o dia 1º de março, a Índia registrou 60 mortes e 16 mil casos de insolação, que acontece quando a transpiração falha e o corpo não consegue se resfriar, afirmou o jornal indiano Mint. O governo do país, no entanto, não confirmou os números.

O calor extremo não é exclusividade da Índia. As temperaturas altas apresentaram recorde em abril, pelo 11º mês consecutivo. O local mais afetado é a Ásia. A Europa também está com previsão de ter um verão mais quente.

Ciclone no leste

As mudanças climáticas têm causado diversos efeitos em diferentes regiões da Índia. No início da semana, um ciclone Remal atingiu o leste da Índia. Após ser fechado no domingo, o Aeroporto de Calcutá foi reaberto, no estado de Bengala Ocidental.

O Remal foi o primeiro ciclone antes do início da estação chuvosa, período de junho a setembro que ocorrem temporais devido ao fenômeno das monções. Mesmo sendo frequentemente atingido por ciclones, o litoral da Índia tem apresentado um aumento de intensidade das chuvas por causa das mudanças climáticas. A preparação para desastres naturais é uma demanda urgente para o país. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)