O resultado da eleição da Venezuela é alvo de desconfiança de especialistas e autoridades internacionais depois de o presidente Nicolás Maduro, no cargo há 11 anos, ter sido declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O órgão responsável pelas eleições no país é presidido por um aliado de Maduro. Se o sucessor de Hugo Chávez perdesse, a oposição chegaria ao poder depois de 25 anos.

De acordo CNE, até a madrugada desta segunda-feira, com 80% das cédulas apuradas, Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 44%. A oposição contesta os números e diz que o González venceu Maduro com 70% dos votos.

Diante desse cenário, diversas autoridades internacionais pediram transparência na apuração. Na contramão, presidentes e autoridades de países como Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua, parabenizaram Maduro pela vitória.

Quem contestou resultado

  • Estados Unidos – secretário de Estado, Antony Blinken
  • União Europeia – vice-presidente, Josep Borrell Fontelle
  • Reino Unido – Ministério das Relações Exteriores
  • Chile – presidente Gabriel Boric
  • Alemanha – Ministério das Relações Exteriores
  • Argentina – presidente Javier Milei
  • Uruguai – presidente Luis Lacalle Pou
  • Espanha – ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares
  • Itália – vice-primeiro-ministro, Antonio Tajani
  • Equador – presidente Daniel Noboa
  • Peru – ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaecha
  • Colômbia – ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo
  • Guatemala – presidente Bernardo Arevalo
  • Panamá – presidente José Raúl Mulino
  • Costa Rica – presidente Rodrigo Chaves

Quem parabenizou Maduro

  • Rússia – presidente Vladimir Putin
  • China – Ministério das Relações Exteriores
  • Irã – embaixada iraniana na Venezuela
  • Honduras – presidente Xiomara Castro
  • Bolívia – presidente Luis Arce
  • Catar – emir Tamim bin Hamad al-Thani
  • Cuba – presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez
  • Nicarágua – presidente Daniel Ortega