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Mais de 70 pessoas morrem durante tumulto após multidão entrar em pânico no Iêmen

Uma multidão entrou em pânico devido a tiros e uma explosão em um evento para distribuir ajuda financeira durante o Ramadã, mês sagrado muçulmano, na capital do Iêmen, na noite desta quarta-feira, 19. A correria matou 78 pessoas e deixou outras 73 feridas, de acordo com testemunhas e oficiais rebeldes houthi. A tragédia – que … Continued
Agência Estado -
Tumulto com mortes no Iêmen. (Imagem: Reprodução)

Uma multidão entrou em pânico devido a tiros e uma explosão em um evento para distribuir ajuda financeira durante o Ramadã, mês sagrado muçulmano, na capital do , na noite desta quarta-feira, 19. A correria matou 78 pessoas e deixou outras 73 feridas, de acordo com testemunhas e oficiais rebeldes houthi.

A tragédia – que não esteve relacionada com a guerra de longa data do país – é a mais letal do Iêmen em anos, e veio antes do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã no fim desta semana.

Homens da etnia Houthi armados dispararam para o ar numa tentativa de controle da multidão, aparentemente atingindo um fio elétrico e provocando a sua explosão, segundo duas testemunhas, Abdel-Rahman Ahmed e Yahia Mohsen. Isso desencadeou o pânico, e as pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, começaram a correr em desespero.

O esmagamento teve lugar na Cidade Velha, no centro de Sanaa, onde centenas de pessoas pobres tinham se reunido para um evento de caridade organizado por comerciantes. Pessoas e empresários ricos distribuem frequentemente dinheiro e comida, especialmente aos pobres, durante o Ramadã.

O porta-voz do Ministério do Interior, Brig. Abdel-Khaleq al-Aghri, culpou a aglomeração pela “distribuição aleatória” de fundos sem coordenação com as autoridades locais.

A multidão estava em uma rua estreita que conduz à entrada de uma escola, disse ele. Uma vez abertos os portões, as pessoas correram para uma escadaria que conduz ao pátio onde teve lugar a distribuição. Testemunhas do evento disseram que foram tiros que fizeram com que as pessoas corressem com medo.

Motaher al-Marouni, um alto funcionário da saúde, disse que 78 pessoas foram mortas, segundo o canal de televisão por satélite Al-Masirah dos rebeldes. Pelo menos 73 outras foram feridas e levadas para o Hospital al-Thowra em Sanaa, segundo o vice-diretor do hospital, Hamdan Bagheri.

Os houthi fecharam rapidamente a escola onde o evento ocorria e impediram a aproximação de pessoas. O Ministério do Interior disse ter detido dois organizadores e que estava em curso uma investigação.

Crise humanitária

Os houthis são um grupo étnico do norte do território iemenita que seguem uma vertente do islamismo xiita. Aliados do , eles lutam contra o governo iemenita, que é apoiado por uma coalizão de países árabes capitaneada pelo príncipe saudita Mohammed bin Salman. Os dois grupos estão em guerra desde 2014, quando os rebeldes houthi se insurgiram e tomaram o controle da capital, Sanaa, forçando a renúncia do então presidente Abd Rabbu Mansour Hadi, em janeiro de 2015.

Dois meses depois, uma coalizão militar de países do Golfo, liderada pela e com apoio logístico e de inteligência dos Estados Unidos, começou a atacar os grupos rebeldes. Em setembro daquele ano, Hadi voltou atrás em sua renúncia e passou a “governar do exílio”.

Hoje, o Iêmen é palco de uma guerra por procuração entre Irã e Arábia Saudita, que representam grupos opostos na disputa de poder no Oriente Médio. Os rebeldes houthis, apesar de terem uma agenda própria e aliados sunitas, têm apoio do regime iraniano e lutam contra uma aliança liderada pela Arábia Saudita e outros países do Golfo.

A guerra civil do Iêmen, que dura quase sete anos, já deixou mais de 10 mil crianças iemenitas mortas ou mutiladas, segundo o Unicef (fundo da ONU para a infância). Ao todo, 11 milhões de crianças (ou seja, quatro a cada cinco no país) precisam de ajuda humanitária, 2 milhões estão fora da escola e 400 mil sofrem de desnutrição severa.

Dos 30 milhões de habitantes do país, 21 milhões precisam de ajuda, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. A título de comparação, é como se 149 milhões de brasileiros não tivessem o mínimo para sobreviver.

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