Corpos de turistas que visitariam Titanic em submarino devem ficar no fundo do mar

Submarino implodiu com cinco pessoas, entre elas dois bilionários

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Turistas pagavam para entrar em submarino e visitar destroços do Titanic. (Foto: @oceangate/Instagram/Reprodução)

A implosão do submarino da empresa OceanGate, no Oceano Atlântico, confirmada nesta quinta-feira (22), deve fazer com que os corpos das cinco pessoas que estavam a bordo da embarcação que faria uma expedição nos destroços do Titanic fiquem para sempre no fundo do mar. Entenda nesta reportagem o que é a implosão de um submarino.

Durante coletiva de imprensa nesta quinta, o almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA, que comandou as buscas e encontrou os destroços, afirmou que devido à natureza do acidente ainda não se sabe se os corpos poderão ser resgatados.

Quando questionado sobre a retirada dos corpos, o almirante afirmou que em razão das condições “inclementes”, ou seja, cruéis do acidente, não há resposta definitiva sobre a busca de corpos.

Submarino implodiu

Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da “catastrófica perda de pressão interna na cabine”. O submersível perdeu contato com o comando remoto em terra que o guiava na expedição rumo ao Titanic no domingo.

Morreram os bilionários Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation e Shahzada Dawood, paquistanês vice-presidente do conglomerado Engro, além de seu filho Suleman, todos passageiros da expedição.

A tripulação composta pelo mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions são as outras vítimas.

Os passageiros pagaram US$ 250 mil cada um (R$ 1,2 milhão) pela expedição.

“Os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação”, disse o almirante John Mauger, porta-voz da Guarda Costeira americana em entrevista coletiva na quinta-feira.

De acordo com o New York Times, o cenário mais provável é que a explosão tenha ocorrido no domingo, durante a descida da Titan rumo ao Titanic. O barulho provocado pela implosão teria sido facilmente detectado pelas boias de sonares, colocadas no Oceano na segunda-feira, quando começaram as buscas.

Assim, os sons detectados entre terça e quarta-feira por equipamentos das equipes de busca, sempre de acordo com as autoridades locais, não teriam elo com a implosão da Titan.

“Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”, disse o almirante Mauger, acrescentando que as autoridades têm as mesmas perguntas. “Esse será, tenho certeza, o foco da revisão futura. No momento, estamos focados em documentar a cena”.

Questionado sobre as perspectivas de recuperação dos corpos das vítimas, o almirante Mauger disse não ter uma resposta. “Este é um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar”, disse ele.

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