Militares russos anunciaram nesta quarta-feira (09) recuo e retirada de tropas na cidade ucraniana de Kherson, a primeira a ser capturada no início da invasão, em fevereiro.

Conforme a imprensa internacional, o principal comandante da Rússia na operação disse que as forças estavam resistindo às investidas ucranianas, mas precisaram recuar.

A medida ocorre seis semanas após uma série de referendos para anexar a região e forçar a cidadania russa à população local.

Por outro lado, o governo ucraniano se mantém cético em relação ao recuo. “Não vemos sinais de que a Rússia esteja deixando Kherson sem lutar. Uma parte do grupo ru é preservada na cidade, e reservas adicionais são cobradas da região. [A Ucrânia] está liberando territórios com base em dados de inteligência, não em declarações de TV encenadas”, twittou Mykhailo Mykhailovych Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, na quarta-feira.

Kherson é uma das quatro regiões ucranianas anexadas ilegalmente pela Rússia em setembro – juntamente com Donetsk, Luhansk e Zaporizhzia, que correspondem a 18% do território da Ucrânia. Nas últimas semanas, no entanto, uma contraofensiva ucraniana vem reconquistando áreas ocupadas e ameaçando posições russas.

A região de Kherson é estratégica para o domínio da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Sem a província, os russos dependeriam quase que exclusivamente da Ponte de Kerch para levar suprimentos à península.