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EUA aplicam sanções a suspeitos no Brasil de apoiar a Al-Qaeda

Suspeitos tiveram os bens congelados nos EUA em virtude das sanções
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No segundo pacote de sanções envolvendo suspeitos de atuar com grupos criminosos no Brasil em duas semanas, o governo dos Estados Unidos incluiu ontem três pessoas na lista de sanções de ativos do Departamento do Tesouro. São eles o egípcio naturalizado brasileiro Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi, de 35 anos, Mohamed Sherif Mohamed Awad, de 48 anos, de nacionalidade egípcia e síria, e Ahmad Al-Khatib, de 52 anos, cidadão egípcio e libanês.

Eles tiveram os bens congelados nos EUA em virtude das sanções. As empresas deles – duas lojas de móveis na região de Guarulhos, na Grande São Paulo – também entraram na lista de penalidades do Departamento do Tesouro, o que significa que não poderão fazer negócios com empresas americanas.

Segundo o governo dos EUA, Al-Maghrabi chegou ao Brasil em 2015 e manteve contato com Awad, suspeito de falsificação de dinheiro Juntamente com Al-Khatib, outro empresário de móveis da região de Guarulhos, eles teriam ajudado com “recursos financeiros e tecnológicos” Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim que, em 2019, passou a ser procurado pelo FBI por suspeita de ter agido em nome de Al-Qaeda.

Procurados pelo Estadão, Awad e Al-Khatib não quiseram dar entrevista.

A Embaixada dos EUA no Brasil divulgou nota na qual ressalta que o terrorismo é uma “ameaça global” e pregou cooperação com as autoridades brasileiras.

“Esta ação contra os apoiadores do terrorismo internacional, sediados no Brasil, ressalta que o terrorismo é uma ameaça global que requer ação e cooperação internacional. Estamos empenhados a continuar o trabalho em estreita colaboração com nossos parceiros brasileiros para combater esta ameaça.”

A decisão de incluir os suspeitos na lista de sanções foi informada ao Palácio do Planalto, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça, Segurança Pública e Polícia Federal.

“As designações de hoje ajudarão a negar o acesso da Al-Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita para apoiar suas atividades”, declarou, por meio de nota, Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, responsável por organizar a lista de sanções. “As atividades desta rede sediada no Brasil demonstram que a Al-Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada”, completou a Embaixada dos EUA em nota.

Na semana passada, os EUA já haviam imposto sanções ao Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo de crime organizado que atua no Brasil.

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