Cúpula para a Democracia reúne mais de 100 países a partir de hoje

Líderes e organizações de mais de 100 países e territórios participam, a partir desta quinta-feira (9), da Cúpula para a Democracia, encontro virtual promovido pelo governo norte-americano. 

Com a organização desse encontro, o presidente Joe Biden cumpre uma promessa eleitoral: trazer os Estados Unidos de volta aos palcos mundiais para liderar um grupo de democracias empenhadas em fazer frente às ambições expansionistas dos países autocráticos, especialmente a China.

Na cúpula virtual – que vai até esta sexta-feira (10) a partir de Washington – o presidente norte-americano reunirá chefes de Estado e de Governo e líderes de organizações, mas também representantes do setor privado e de organizações civis, num esforço global para defender as democracias contra o autoritarismo, a corrupção e os ataques sistemáticos aos direitos humanos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente como representante do bloco europeu.

Sem surpresas, os principais rivais de Washington, em particular a China, Rússia e o Irão, não figuram na lista de participantes.

A Turquia (aliado dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte), Cuba, a Guatemala, Venezuela e os parceiros árabes tradicionais dos americanos (Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Catar ou os Emirados Árabes Unidos) constam igualmente na lista de países que ficaram de fora.

Da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam Angola, o Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique não foram convidados.

Joe Biden convidou Taiwan, ilha autônoma que os Estados Unidos não reconhecem como país independente, mas que encaram como um modelo democrático diante da China.

Os críticos da Cúpula para a Democracia questionam a eficácia do encontro e perguntam o que poderá ser atingido em apenas dois dias de uma reunião em formato virtual, além de denunciarem o teor abstrato dos objetivos propostos.