Protestos contra violência policial na Colômbia deixa 8 mortos e centenas de feridos

Os protestos que ocorreram na noite desta quarta-feira (9) em Bogotá e outras cidades da Colômbia, terminaram com oito pessoas mortas e 362 feridas, sendo 58 baleadas. Veículos e agências bancárias foram depredadas, 70 pessoas foram presas. As autoridades do país não informaram as circustãncias em que as pessoas morreram durante as manifestações, mas o […]

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Os protestos que ocorreram na noite desta quarta-feira (9) em Bogotá e outras cidades da Colômbia, terminaram com oito pessoas mortas e 362 feridas, sendo 58 baleadas. Veículos e agências bancárias foram depredadas, 70 pessoas foram presas.

As autoridades do país não informaram as circustãncias em que as pessoas morreram durante as manifestações, mas o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, ofereceu uma de até 50 milhões de pesos (R$ 71 mil) pela captura dos autores dos assassinatos, conforme publicou o jornal O Globo.

Ao menos três pessoas foram mortas por tiros, uma das vítimas tinha 17 anos. Os protestos ocorreram principalmente em Bogotá e Soacha, mas não também foram registradas manifestações em Cali e Madrid.

Durante os protestos, 49 postos policiais, conhecidos como CAI (Centros de Atenção Imediata), e dezenas de veículos e agências bancárias foram depredados, com cerca de 70 pessoas sendo detidas.

A prefeita de Bogotá, Claudia López, pediu ao presidente Iván Duque que suspenda o uso de armas de fogo pela polícia em protestos.

“Há evidências sólidas de uso indiscriminado de armas por integrantes da polícia” disse ela. “Não vamos tolerar o uso da violência para reprimir a violência”, finalizou.

A fala da prefeita ocorreu, não penas por conta das três vítimas baleadas, mas porque entre os 362 feridos, dois quais 114 eram policiais e 248 civis, 58 foram atingidos por armas de fogo.

Contra a brutalidade policial

As pessoas foram as ruas da Colômbia para protestar contra o uso excessivo da força e a brutalidade policial, após o estudante de Direito e taxista Javier Ordóñez, de 46 anos, morrer por receber diversos choques de policiais que utilizavam um taser mesmo com Javier já caído no chão.

A ação dos agentes foi comparada aos dos policiais americanos, que resultou na morte de George Floyd nos Estados Unidos. De acordo com o jornal O Globo, os dois policiais envolvidos na morte de Javier já foram suspensos.

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