O governo da Argentina está estudando a taxação de grandes fortunas no país, para atenuar os efeitos da pandemia de coronavírus na já combalida economia do país vizinho, e arrecadar cerca de US$ 3 bilhões. O presidente Alberto Fernández se reuniu hoje com deputados kirshneristas para tratar do projeto que, de acordo com o jornal Clarín, afetaria cerca de 12 milhões de pessoas.
“Essa não é uma campanha de perseguição contra ninguém”, disse à imprensa argentina o deputado Carlos Heller, do partido Frente de Todos, após o encontro com Fernández. “Há aqui uma necessidade imperiosa de conseguir recursos e estamos buscando onde podemos conseguir esses recursos, sem que isso mude as condições de vida de ninguém e que sirva para resolver os problemas da outra ponta, onde as demandas são infinitas”, afirmou.
Ainda de acordo com o Clarín, o projeto tomará como referência patrimônios acima dos US$ 3 milhões. O deputado explica que é um segmento muito pequeno de pessoas, cerca de 1,1% dos contribuintes e apenas 0,08% da população economicamente ativa. A princípio, a intenção é que o imposto seja progressivo, proporcional ao tamanho da fortuna.
O deputado ponderou, no entanto, que o projeto “não está terminado” e que é preciso encontrar um método legítimo para que ele seja aprovado.
