Oposição conduz repressão a nosso movimento e México salvou minha vida, diz Evo

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, ao chegar ao México. Morales recebeu asilo do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, após ter renunciado ao poder no fim de semana, no que o boliviano qualificou como um golpe de Estado. Morales afirmou que a oposição conduziu repressão contra dirigentes e […]

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Evo Morales deixou a presidência da Bolívia. (Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)
Evo Morales deixou a presidência da Bolívia. (Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, ao chegar ao México. Morales recebeu asilo do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, após ter renunciado ao poder no fim de semana, no que o boliviano qualificou como um golpe de Estado. Morales afirmou que a oposição conduziu repressão contra dirigentes e outras autoridades de seu movimento político, por isso o México “salvou sua vida” ao lhe conceder asilo.

Morales negou que tenha havido fraude nas eleições recentes nas quais foi reeleito em primeiro turno, segundo os resultados oficiais. A oposição e entidades internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), afirmaram que a disputa foi fraudada, por isso não reconheciam o resultado. O até então presidente chegou a aceitar a realização de nova eleição, mas horas depois renunciou no fim de semana, após perder o apoio do comando das Forças Armadas.

Segundo Morales, oposicionistas saquearam a casa de sua irmã, em Cochabamba, além de atacarem também sua residência. “O pior delito ou pecado é que ideologicamente somos anti-imperialistas”, afirmou ele, dizendo que não havia abandonado a política. “Não é por esse golpe que vou mudar ideologicamente, de ter trabalhado com setores mais humildes”, garantiu.

Morales não detalhou quais devem ser seus próximos passos, na declaração relativamente breve dada por ele num aeroporto da Cidade do México.

A oposição afirma que houve fraude eleitoral e também diz que Morales nem poderia concorrer neste ano, pois uma nova reeleição dele estaria vetada pela Constituição boliviana. No poder desde janeiro de 2006, Morales fez um plebiscito para poder concorrer, perdeu no voto popular, mas recorreu à Justiça para ainda assim poder disputar.

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