Piloto afirma ser contra regime de Maduro
Um helicóptero militar sobrevoou a Suprema Corte da Venezuela, em Caracas, e efetuou disparos contra o prédio na tarde desta terça-feira (27). O presidente Nicolás Maduro chamou o ataque de um “atentado terrorista”.
O jornal venezuelano “El Nacional” disse que, além de tiros, foram disparadas duas granadas contra o prédio, sendo que uma delas teria caído na avenida. Não há relatos de feridos na operação.
O helicóptero é do CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas), órgão vinculado à Polícia Nacional venezuelana. Membros das Forças Armadas foram despachados para a região.
A máquina estava sendo pilotada pelo piloto Óscar Pérez, investigador do CICPC. Em um vídeo em seu Instagram, Pérez fez um pronunciamento afirmando que faz parte de uma “coalizão de funcionários militares, policiais e civis em busca de um equilíbrio e contra este governo transitório e criminoso”.
“Este combate não é contra o resto das forças de segurança de Estado que permanecem em desacordo, é com a impunidade imposta, é contra o governo nefasto”, diz o piloto no vídeo. Junto a homens mascarados, ele pede a renúncia imediata de Nicolás Maduro e a convocação de eleições diretas.
No helicóptero dirigido sobre Caracas, uma bandeira foi levantada por um mascarado, escrito “350 Liberdade”, uma referência ao Art. 350 da Constituição Venezuelana, que permite a desobediência civil diante de “qualquer regime, legislação ou autoridade” que contrarie os direitos humanos ou desrespeite a democracia.
Desde o início dos protestos contra o regime de Maduro, na Venezuela, mais de 70 pessoas foram mortas pelas forças policiais do país. O presidente Nicolás Maduro afirmou que as forças especiais venezuelanas estão atrás dos “terroristas” por trás do ataque à Suprema Corte.
Confira abaixo o vídeo do momento em que o helicóptero atira contra o prédio da Corte:
