Veneno injetado em Kim Jong-un o matou entre 15 e 20 minutos

Meio-irmão de ditador coreano morreu dia 13

O ministro da Saúde da Malásia, Subramaniam Sathasivam, afirmou neste domingo (26) que a dose de veneno dada a Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un, foi tão alta que ele teria morrido “entre 15 e 20 minutos” após o envenenamento.

De acordo com a polícia, as análises forenses revelaram traços do VX no olho e no rosto de Kim Jong-nam. A informação está de acordo com vídeos de câmeras de segurança, que flagraram uma mulher agarrando Kim Jong-nam por trás e colocando a mão em seu rosto.

Segundo Sathasivam, a dose de VX dada a Kim JOng-nam foi tão alta que “pode ter afetado seu coração, pode ter afetado seus pulmões, pode ter afetado tudo”. De acordo com o ministro, a dose necessária para o VX ser letal é de 10 miligramas, “então em presumo que a quantidade foi maior que essa”.

AEROPORTO ESTÁ SEGURO

O governo malaio também declarou neste domingo que o aeroporto internacional de Kuala Lumpur é uma “zona segura”. Após a revelação de que o agente químico VX foi usado para o envenenamento de Kim Jong-nam, o terminal onde aconteceu o ataque foi vistoriado.

— Nós confirmamos que, em primeiro lugar, nenhum material perigoso foi encontrado no terminal; em segundo lugar, o terminal está livre de qualquer forma de contaminação por materiais perigosos; e terceiro, o terminal está declarado uma zona segura — afirmou o chefe de polícia Abdul Samat Mat, que está liderando as investigações.

O aeroporto foi inspecionado apenas 11 dias após o evenenamento de Kim. Nesse período, milhares de pessoas passaram pelo local, mas apenas uma pessoa relatou ter se sentido mal: Siti Aishah, uma mulher da Indonésia suspeita do ataque.

O ministro da Saúde informou que autoridades estão conduzindo testes para verificar se Siti foi afetado pelo agente químico.

Apesar de o governo malaio já ter confirmado que se trata de Kim Jong-nam, a identificação oficial do corpo continua sendo um desafio para as autoridades do país. Até o momento, ninguém reclamou o corpo, e ainda não foi possível realizar exames de DNA.

— O melhor seria ter alguém próximo ao Kim, algum parente de sangue, para que pudéssemos fazer um perfil de DNA — disse Sathasivam.