Porta-aviões americano chegará ao Mar do Japão em alguns dias

Tensão entre Washington e Pyongyang aumentou nas últimas semanas

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Tensão entre Washington e Pyongyang aumentou nas últimas semanas

O porta-aviões americano “USS Carl Vinson” e sua frota chegarão ao Mar do Japão em alguns dias, anunciou neste sábado na Austrália o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em um momento de tensão com a Coreia do Norte.

O porta-aviões, acompanhado de dois destróieres lança-mísseis e por um cruzeiro também lançador de mísseis, “estará no Mar do Japão em questão de dias, antes do fim do mês”, afirmou Pence em Sydney, atual escala de sua viagem pela região Ásia-Pacífico.

Washington tenta esclarecer a situação após os sinais confusos dos últimos dias sobre a localização do “Carl Vinson”, que supostamente seguia em direção à península coreana na semana passada.

“O erro que o regime da Coreia do Norte não deveria cometer é ignorar que os Estados Unidos têm os recursos, as pessoas e a presença necessárias nesta região do mundo para proteger nossos interesses, a segurança destes interesses e de nossos aliados”, declarou Pence.

A tensão entre Washington e Pyongyang aumentou nas últimas semanas, após uma série de testes de mísseis da Coreia do Norte e pelo temor de que o país estaria preparando um sexto teste nuclear.

A Marinha americana anunciou em 8 de abril que estava enviando uma frota liderada pelo porta-aviões “USS Carl Vinson” “para o norte”, a partir do mar territorial de Cingapura, como “medida prudente” para dissuadir o regime de Pyongyang.

“Estamos enviando uma armada. Muito poderosa”, disse o presidente Donald Trump, ao mesmo tempo que outros altos funcionários também davam a entender que o porta-aviões seguia para a zona de tensão.

Mas a Marinha admitiu na terça-feira que a frota seguia na realidade em direção contrária, para a Austrália, para exercícios navais com a Marinha australiana.

Durante a visita, Pence aproveitou para garantir que os Estados Unidos pretendem respeitar um acordo para receber refugiados relegados pela Austrália em polêmicos acampamentos em ilhas. O acordo havia sido classificado de “estúpido” pelo presidente americano Donald Trump.

O primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull agradeceu ao vice americano por este compromisso “muito importante”.

A Austrália, um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos, tem uma política muito rígida a respeito dos refugiados que tentam entrar em seu território.

O acordo havia sido negociado em novembro do ano passado pelo então presidente Barack Obama para receber um número não determinado dos 1.600 migrantes presentes nos acampamentos da ilha de Manus, em Papua-Nova Guiné, e de Nauru, uma minúscula ilha do Pacífico.