Começam as eleições presidenciais na Coreia do Sul

Votação foi antecipada em razão do impeachment da ex-presidente

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Votação foi antecipada em razão do impeachment da ex-presidente

Já é terça-feira (9) na Coreia do Sul (6h em Seul, 18h de segunda-feira em Brasília), onde os colégios eleitorais abriram as portas para as eleições presidenciais antecipadas no país por causa do impeachment da ex-presidente Park Geun-hye. A mandatária foi impedida em função do escândalo de corrupção que ficou conhecido como “Rasputina”. As informações são da agência EFE.

Cerca de 42 milhões de sul-coreanos estão convocados para ir às urnas, segundo a Comissão Nacional Eleitoral, dos quais mais de um quarto (11,07 milhões) já depositou a cédula nos dois dias de votação antecipada, na quinta e na sexta-feira da semana passada.

As últimas eleições presidenciais no país, realizadas em dezembro de 2012, contaram com participação de 75,84%, e poucos esperam que desta vez seja superado o recorde de 89,2% de 1987, quando a junta militar do general Chun Doo-hwan autorizou o primeiro pleito democrático em mais de duas décadas.

Os centros de votação ficarão abertos durante 14 horas, até as 20h (hora local; 8h da terça-feira 9, em Brasília), em uma tentativa de estimular a participação.

Favorito

As últimas pesquisas apontavam como favorito nas eleições o liberal Moon Jae-in com 42% das intenções de voto. Mais de 20 pontos percentuais atrás aparecem o centrista Ahn Cheol-soo e o conservador Hong Yoon-pyo.

Esta é a primeira vez que a Coreia do Sul antecipa eleições para escolher o presidente depois que, também pela primeira vez na era democrática, o Tribunal Constitucional ratificou a cassação de um presidente. Park Geun-hye foi deposta em 10 de março. Em prisão preventiva e podendo ser condenada até mesmo à prisão perpétua, ela é acusada de criar uma rede de tráfico de influências com sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, por sua influência sobre a ex-governante.

As duas teriam recebido US$ 50 milhões em propinas de pelo menos três grandes empresas – entre elas a Samsung, cujo presidente de fato também está preso – em troca de favorecimentos por parte do governo.

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