Chilenos vão às urnas

O ex-presidente de direita Sebastián Piñera e o candidato de centro-esquerda Alejandro Guillier disputam neste domingo (17) a presidência do Chile, em um segundo turno de difícil previsão para definir o sucessor de Michelle Bachelet a partir de 11 de março de 2018.

As mais de 43 mil mesas de votação em 1.963 colégios eleitorais. abriram no país às 9h e devem fechar às 19h (horário de Brasília). O resultado deverá ser conhecido na noite deste domingo.

A mídia chilena registra atrasos pontuais na instalação das mesas nesta manhã. No estádio Nacional, em Santiago, que também serve de local de votação, 35 das 197 mesas não estavam instaladas cerca de uma hora após a abertura dos portões, segundo o jornal “La Tercera”.

A dispersão do voto no primeiro turno de 19 de novembro, quando o partido de esquerda radical Frente Ampla surpreendeu e virou a terceira força política do país, dificulta a vitória de Piñera e transforma numa incógnita o resultado de Guillier.

O ex-presidente, que governou o Chile de 2010 a 2014, conseguiu 36,6% dos votos (muito abaixo do esperado), contra 22% do senador Guillier e 20% da candidata da esquerda radical, Beatriz Sánchez.

A última pesquisa eleitoral Cadem, divulgada no dia de 1º de dezembro, apontava Piñera com 40% das intenções de voto e Guillier com 38,6%, um empate técnico. Outros 21,4% dos entrevistados indicaram que não sabiam em quem votar, votariam em branco ou nulo ou não iriam às urnas. O Chile tem um prazo de 15 dias em que não podem ser divulgadas pesquisas antes da eleição.

No Chile, o voto não é obrigatório. No primeiro turno de novembro, o comparecimento às urnas foi de quase metade dos mais de 14 milhões de eleitores. O índice de participação neste domingo será vital para a disputa acirrada.