Grupo as utiliza para ataques e escravidão sexual

A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência) publicou nesta terça-feira (12) um estudo em que alerta sobre o uso de crianças pelo grupo extremista . Segundo o relatório da entidade, um em cada cinco ataques da organização terrorista são feitos por ‘perpetradores infantis'.

Há, ainda, uma preocupação específica em relação a meninas: o estudo da Unicef aponta que garotas são drogadas e usadas em, no mínimo, três quartos dos ataques do grupo em Camarões, na Nigéria e no Chade. Meninas são vítimas de abusos sexuais e casamentos forçados com terroristas.

Especula-se que a convocação de crianças tenha relação com a perda de território da organização criminosa, principalmente na Nigéria. Segundo relatos, garotos estariam sendo recrutados e obrigados a atacar suas próprias famílias, como forma de provarem sua lealdade.

O Boko Haram tradicionalmente utiliza escolas como alvo, e um dos episódios que mais chocaram o mundo foi quando raptaram 200 meninas em um colégio na cidade nigeriana de Chibok. O nome do grupo, na língua hausa, significa em tradução livre “a educação ocidental é um pecado”.