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Merkel, Hollande e Renzi se encontram para relançar a UE

3 semanas antes da cúpula extraordinária 
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3 semanas antes da cúpula extraordinária 

Matteo Renzi, Angela Merkel e François Hollande se reuniram nesta segunda-feira na Itália e fizeram um apelo para relançar uma em plena crise existencial, antes de uma cúpula europeia “pós-Brexit” dos 27 em Bratislava, em 16 de setembro.

“O risco maior, para a Europa e as nações, é a fragmentação, o egoísmo”, alertou o chefe de Estado francês durante coletiva de imprensa comum com a chanceler alemã e o chefe de governo italiano.

A Europa ‘não acabou’ após o Brexit, a saída do Reino Unido da , assegurou, por sua vez, Matteo Renzi.

“É fácil tornar a Europa responsável por todos os problemas. É mais difícil tentar construir uma Europa mais atenta aos valores europeus e menos às finanças”, havia escrito pouco antes do encontro o chefe do governo italiano em sua página no Facebook, para explicar o significado desta mini-cúpula a três no Mediterrâneo.

Renzi recebeu por volta das 16h00 (11h00 de ) em Nápoles (sul) a chanceler alemã e o presidente francês antes de acompanhá-los a Ventotene, uma pequena ilha no mar Tirreno, entre Roma e Nápoles.

Lá, os três líderes europeus vão poder encontrar um pouco de inspiração quando se reunirem no túmulo de Altiero Spinelli, autor de uma defesa federal para a Europa, o “Manifesto de Ventotene”.

Eles serão, então, levados a bordo do porta-aviões Garibaldi a um jantar de trabalho no início da noite.

A decisão britânica de deixar a União Europeia (UE), o “Brexit”, e as suas consequências sobre o futuro da UE uniu os líderes francês, italiano e alemão. Em um encontro em 27 de junho, em Berlim, eles apelaram para um “novo impulso” para a Europa.

A reunião desta segunda-feira no Mediterrâneo acontece três semanas antes de uma cúpula extraordinária da UE em 16 de setembro em Bratislava e convocada após o Brexit.

Para enfrentar este desafio, França e Itália pedem maior integração europeia em áreas como a segurança e defesa. “Será uma das lições que aprendemos com o Brexit, o impulso que daremos” à integração europeia, havia considerado em julho o presidente francês. “É muito fácil se queixar (…) mas a Europa é a maior oportunidade para as novas gerações”, ressaltou Renzi.

A ideia de um “Schengen da segurança para responder ao terrorismo” também foi defendida pelo governo italiano. Em uma declaração conjunta emitida em 11 de agosto, os ministros da Defesa Roberta Pinotti e das Relações Exteriores Paolo Gentiloni defenderam a criação de uma “força multinacional europeia” para missões específicas, sob um comando único.

A França sugeriu, por sua vez, a ideia de um financiamento europeu, “Eurobonds”, para apoiar estes projetos comuns em assuntos militares. Paris também deseja o estabelecimento de um organismo europeu para reforçar as fronteiras externas da UE.

Popularidade em queda

A popularidade de Merkel caiu após o fluxo de migrantes na Alemanha. O mesmo tem acontecido com Renzi, que vê com preocupação o número de migrantes crescer a cada semana na península.

Franceses, alemães e italianos também vão discutir questões de economia. O presidente francês já propôs duplicar dentro de cinco anos o plano Juncker (315 bilhões 2015-2018), em transportes limpos, modernização digital ou pesquisa. 

Já Renzi é favorável a utilizar parte desses fundos para promover a cultura na Europa. Também está prevista uma expansão do intercâmbio universitário Erasmus. Mas o chefe do governo italiano quer, acima de tudo, convencer seus colegas, começando com a chanceler alemã, de acabar com uma Europa “contábil”, quando os populistas estão ganhando terreno em todos as partes.

Matteo Renzi não para de denunciar a austeridade e o equilíbrio das contas públicas como o único horizonte na Europa, e reclama, como a França, mais investimento e flexibilidade na disciplina orçamental.

A chanceler alemã é, no entanto, muito mais cética quanto a esses projetos e, de maneira geral, a toda resposta “federalista” à crise aberta pelo Brexit.

 

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