Rodrigo Duterte afirma que vai ‘erradicar’ criminosos do país

Mais de 1.900 pessoas foram mortas em uma violenta campanha contra as drogas nas , desde que o presidente Rodrigo Duterte assumiu o poder no país, há sete semanas. O balanço corresponde a uma média de 36 mortes por dia.

De acordo com a agência Reuters, o diretor-geral da polícia filipina Ronald dela Rosa disse ao Senado que não há autorização para que as pessoas comuns matem usuários de drogas e traficantes, e que cerca de 1.100 mortes são investigadas.

A declaração de Rosa contrasta com a postura do presidente, que prometeu em campanha iniciar uma guerra contra a criminalidade no país. Duterte afirmou, pouco antes de sua posse, que cidadãos estavam autorizados por ele próprio a matar criminosos.

“Não somos carniceiros”, disse Rosa aos senadores, ao ler o relatório sobre o número de mortos, nesta terça-feira (23). “Isto terá um efeito negativo”, afirmou o senador Frank Drilon na mesma sessão. “É alarmante”, declarou.

A revista The Atlantic destaca que, no fim de semana, Duterte se envolveu em uma nova polêmica envolvendo seu posicionamento severo contra criminosos. Após ser criticado pelo Conselho da ONU (Organização das Nações Unidas) por incitação a violação de direitos humanos, ele afirmou que a entidade “não serve para nada” e que as Filipinas não precisam do órgão.

Durante sua campanha, Duterte havia dito que erradicaria a criminalidade das Filipinas em três meses, e prometeu lutar pelo retorno da pena de morte ao país. “Esqueçam os direitos humanos”, chegou a declarar o polêmico político, que defende o enforcamento de pessoas condenadas por tráfico de drogas, roubo e crime organizado.