Capacetes azuis são suspeitos de abuso sexual na República Centro-Africana
139 potenciais vítimas foram interrogadas, entre elas, 25 menores de idade
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
139 potenciais vítimas foram interrogadas, entre elas, 25 menores de idade
Uma investigação da ONU permitiu identificar 41 capacetes azuis da Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (Minusca) suspeitos de terem cometido agressões sexuais na localidade de Kemo, centro do país, em 2014 e 2015.
De acordo com declarações do porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, nesta segunda-feira (5), a investigação de quatro meses foi realizada em cooperação com investigadores do Gabão e do Burundi e coletou provas contra 16 gabonenses e 25 burundineses que trabalham na Minusca.
Agora, cabe aos dois países fazer investigações complementares e sancionar penalmente seus cidadãos, se forem declarados culpados. Os suspeitos já se retiraram da República Centro-Africana (RCA).
“As Nações Unidas transmitiram a investigação aos dois Estados-membros, incluindo os nomes dos supostos responsáveis identificados, e reivindicaram que se abram os procedimentos judiciais apropriados”, acrescentou Dujarric.
Ao todo, 139 potenciais vítimas foram interrogadas, entre elas, 25 menores de idade: 45 reconheceram 41 suspeitos, por fotos e outros indícios, enquanto que 83 não conseguiram identificar seus agressores, nem apresentar provas concludentes.
Das oito ações de reconhecimento de paternidade, seis foram feitas por menores.
A ONU afirma que os investigadores se apoiaram, principalmente, em testemunhos, diante da falta de provas materiais, ou médicas, devido à passagem do tempo.
As primeiras acusações apareceram em maio passado e dizem respeito a agressões sexuais cometidas entre 2014 e 2015, em Dekoa, na localidade de Kemo. Era lá que os contingentes gabonenses e burundineses da missão estavam estacionados.
A reputação dos boinas azuis está manchada por uma série de escândalos sobre abusos sexuais cometidos, em particular na RCA.
A Minusca reúne cerca de 12.000 homens e foi criada para substituir outra força de manutenção da paz na União Africana (UA), em setembro de 2014.
No último informe anual do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, há registro de 69 casos de agressões sexuais cometidas pelos capacetes azuis em 2015. Desses, metade aconteceu em apenas duas missões: a Minusca e a Monusco, na República Democrática do Congo. Desde então, agregaram-se 44 novas acusações em 2016.
Os soldados franceses da “Operação Sangaris” presente na RCA também foram acusados de estupro de menores e de abusos sexuais. A Justiça francesa investiga esses casos.
Notícias mais lidas agora
- Empresário morre ao ser atingido por máquina em obra de indústria em MS
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
Últimas Notícias
VÍDEO: Idoso é atropelado por motociclista sem CNH na Gunter Hans em Campo Grande
Este é o segundo acidente ocorrido na mesma região neste fim de semana, sendo o terceiro registrado na Capital em menos de 24 horas
Embrigado, homem pega enxada e ameaça pai e irmão no loteamento Nova Serrana, na Capital
Caso foi registrado na Depac Cepol na madrugada deste domingo (15)
Motoentregador bate em poste e Campo Grande registra segunda morte do fim de semana
Polícia suspeita que rapaz tenha sofrido mal súbito na motocicleta
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.