Você precisa conhecer Shiza Shadid, o braço direito de Malala Yousafzai
O que pouca gente sabe é que toda essa trajetória teve uma grande ajuda de uma outra garota paquistanesa
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O que pouca gente sabe é que toda essa trajetória teve uma grande ajuda de uma outra garota paquistanesa
Malala é quase uma lenda viva. Aos 14 anos, a paquistanesa se tornou uma das porta-vozes de meninas de seu país proibidas de frequentar a escola pelo regime Talebã. Depois de ser atingida na cabeça por um tiro disparado por um dos membros do grupo e (quase milagrosamente!) sobreviver, ela se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em 2014.
O que pouca gente sabe é que toda essa trajetória teve uma grande ajuda de uma outra garota paquistanesa, de história igualmente inspiradora. Shiza Shadid, hoje com 25 anos, contou como se tornou fundadora da Malala Fund durante um evento organizado pela Neutrogena, em Los Angeles, e como elas trabalham juntas para transformar a vida de meninas ao redor do mundo.
Ativista desde cedo
Shiza cresceu em Islamabad, capital do Paquistão, quando a realidade do país ainda era diferente e tanto mais tranquila do que os jornais nos mostraram na última década. Ainda adolescente, escolheu passar algumas horas ajudando a cuidar de crianças nascidas de mães que estavam na cadeia e a ser voluntária nos campos de refugiados depois de um terremoto que destruiu a vida de muita gente em 2005. Resultado? Conseguiu uma bolsa de estudos para fazer faculdade em Stanford, na Califórnia. Ela partiu para Los Angeles aos 18 anos. “Lá descobri um mundo novo, cheio de possibilidades e informação.”
Os primeiros passos
O regime Talibã passou a controlar o Paquistão em 2007 e, em 2009, as notícias não eram nada animadoras para as meninas. Cerca de 2 mil escolas exclusivas para garotas foram bombardeadas elas foram proibidas de frequentar qualquer tipo de ensino. “Foi então que vi o documentário do New York Times contando a vida de Malala e tive a ideia de fazer um acampamento temporário só para garotas naquele verão”, conta ela. “Falei com Malala e 25 outras meninas.” Juntas, passaram semanas estudando inclusive, para serem ativistas e defenderem os seus direitos.
A criação do Malala Fund
Em 2012, enquanto trabalhava como analista na consultoria McKinsey & Company de Dubai, Shiza soube que Malala tinha sido atingida com um tiro na cabeça. Sem pensar duas vezes voou para o Paquistão para encontrar a família dela. “Foi um verdadeiro milagre ela sobreviver”, disse Shiza.
Desde então, Shiza e o pai de Malala tocam a fundação que tem o nome da garota, hoje com 18 anos. A ideia é que ela continue estudando e também seja uma voz ativa na defesa da educação de meninas. Shiza também viaja o mundo todo mostrando que 66 milhões de garotas simplesmente não têm o direito de estudar. “Não costumo usar a palavra empoderamento, porque somos garotas poderosas. O nosso desejo é permitir que mulheres sejam líderes. Acreditamos que se você pode ver algo, pode se tornar o que tem vontade.”
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