Os crimes do suspeito ocorreram entre março de 2012 e maio de 2014

Um britânico de 40 anos tentou comprar um menino de 6 anos em São Paulo com o suposto objetivo de cometer violência sexual contra ele.

Essa informação veio à tona no julgamento de Jason Paske, condenado nesta semana a 10 anos de prisão por possuir e distribuir pornografia infantil e por tentar promover relações sexuais com um adolescente.

Os crimes do suspeito ocorreram entre março de 2012 e maio de 2014, quando ele foi preso, segundo afirmou a polícia de Avon e Somerset à BBC Brasil.

Um de seus 34 crimes foi oferecer 1 mil libras (cerca de R$ 4 mil) para um suspeito em São Paulo para abusar sexualmente de uma criança.

O criminoso disse a ele que conseguiria uma família disposta a permitir que ele abusasse de um filho por 1,2 mil libras (R$ 4,7 mil).

De acordo com a sentença do juiz Stephen Ashurst, da Corte de York, Paske desconfiou da oferta e pediu uma prova da veracidade da negociação.

O suspeito em São Paulo teria então transmitido um vídeo ao vivo pela internet onde um menino de 6 anos de idade apareci nu, segurando uma mensagem escrita com os dizeres “Hello (olá) Jason”.

Paske não chegou a viajar ao Brasil e o crime não foi consumado porque os criminosos não chegaram a um acordo.

Porém, Paske foi condenado por diversos outros crimes, especialmente por possuir milhares de imagens de pornografia infantil – em muitas das quais era possível ver adultos consumando abusos sexuais contra crianças muito jovens.

Segundo a polícia, ele não só recebia as imagens pelo computador, como redistribuía material para uma rede de .

“Jason Paske é um homem horrendo e pervertido que representa uma ameaça à sociedade”, disse o investigador Nigel Pepper, da Unidade de Proteção a Pessoas Vulneráveis da polícia de North Yorkshire.

“É muito satisfatório para todos os envolvidos na investigação que ele fique atrás das grades por um bom tempo”, disse ele.

Outros abusos

Ele também foi condenado por receber imagens de um pai abusando do próprio filho, de 3 anos de idade, na República Tcheca. Segundo o juiz Ashurst, Paske assistia as cenas de abuso sexual e chegou a sugerir que novos abusos fossem cometidos em ambientes diferentes.

Ele teria se oferecido ainda a financiar a compra de um tablet para que o criminoso tcheco pudesse cometer as violações em um banheiro.

Paske, que trabalhava em um supermercado na Grã-Bretanha, foi descoberto quando os pais de um menino de 15 anos de Yorkshire descobriram mensagens trocadas entre os dois no computador da vítima.

O sentenciado havia enviado 340 libras (quase R$ 1,3 mil) para que a vítima tivesse relações sexuais com ele em um hotel.

A polícia começou a monitorá-lo e encontrou grandes quantidades de material pornográfico infantil em seus computadores.