O navio espião russo Viktor Leonov chegou sem ser anunciado oficialmente por Cuba
Na manhã desta quinta-feira (22), autoridades cubanas recebem uma comissão formada pelos principais diplomatas americanos para uma série de reuniões na capital Havana – algo que não ocorria há 35 anos – como parte dos esforços de reaproximação entre os dois países.
Ao mesmo tempo, um navio espião da Rússia está atracado à vista de todos no porto da cidade. Coincidência?
A visita da delegação americana é resultado dos planos anunciados em dezembro pelo presidente Barack Obama e pelo seu equivalente, Raúl Castro, de retomar relações diplomáticas mútuas.
Mas a aparição do navio espião Viktor Leonov na véspera da visita histórica da delegação americana é uma lembrança das rivalidades dos velhos tempos da Guerra Fria.
Surpresa
O Viktor Leonov está ancorado em um píer de Havana Velha. Sua chegada não foi anunciada oficialmente pelas autoridades cubanas.
À agência AFP, autoridades americanas disseram que a presença do navio russo não tem importância, porque é perfeitamente legal e não tão incomum.
O serviço russo da BBC destaca que navios de inteligência do país viajam a Cuba com regularidade.
O próprio Viktor Leonov, que tem uma tripulação de 200 pessoas, esteve em Havana um ano atrás.
Base espiã
O crescente interesse do governo russo por Cuba levou a um acordo para reabrir uma base espiã na ilha.