Congresso Mundial Judeu divulgou um comunicado nesta sexta

O Congresso Mundial Judeu (WJC, na sigla em inglês), com sede em Nova York, divulgou um comunicado nesta sexta-feira afirmando que o sequestro ocorrido em um mercado judaico em Paris põe em risco a vida da comunidade.

Por isso, o presidente do WJC, Ronald Laude, convocou os franceses às ruas como forma de protesto contra os ataques terroristas. Ele espera uma reação de repulsa, tanto da população como das instituições, similar a ocorrida após o atentado à redação do semanário satírico “Charlie Hebdo”.

“Há dois dias muita gente dizia ‘Je suis Charlie' nas redes sociais, esperamos que agora digam ‘Je suis Juif de France' (eu sou Judeu da )”, diz Lauder.

Lauder considera que o sequestro ao mercado judeu hoje em Paris, onde morreram quatro reféns e o terrorista Amady Coulibaly, deixa vulnerável a terceira maior comunidade do mundo e a maior da Europa, com 600 mil pessoas.

“A vida judia na França não terá futuro se essa ameaça letal dos terroristas islâmicos não for confrontada de maneira rápida e efetiva”, acrescentou em comunicado, garantindo que muitos judeus estão saindo do país, motivados pelo “auge do antissemitismo”.

O WJC lembrou outros ataques à comunidade judaica na Europa, como o ocorrido no colégio judeu de Toulouse (França), em 2012, e o do Museu Judeu de Bruxelas (Bélgica), em 2014.

“Um local judeu é deliberadamente eleito para gerar pânico e para matar gente inocente. Se não fosse pela valente e profissional intervenção da polícia francesa, um massacre de maior escala poderia ter ocorrido”, acrescentou Lauder.