Pular para o conteúdo
Variedades

‘Ainda estou aqui’: Família de preso desaparecido há 30 anos em MS recebe certidão de ausência

Defensoria Pública apresentou inquérito sobre o desaparecimento de um detento durante uma transferência de presídios em 1995
Karina Campos -
Compartilhar
cela
Cela de presídio de MS (Ilustrativa, Agepen)

A Defensoria Pública de anunciou, na última terça-feira (11), que uma família recebeu uma sentença favorável para prosseguir com a emissão de certidão de óbito de um que desapareceu há 30 anos durante uma transferência de presídio.

O processo conduzido pelo defensor público Giuliano Stefan Ramalho de Sena Rosa, titular da 1ª Defensoria Pública de , apresentava provas de que um detento foi assassinado durante a escolta. A filha da vítima havia ingressado com a ação para receber o documento de ausência.

Segundo o processo, o homem era interno do Presídio de e, antes da transferência, enviou uma carta à família pedindo para comparecer ao médico e relatando dificuldades diante de uma greve da Polícia Civil. A carta foi o último contato com a família.

30 anos sem respostas

Anos depois, a filha passou a buscar informações sobre o paradeiro do pai, sendo informada que ele teria sido assassinado durante a escolta e enterrado como indigente no cemitério de Paranaíba.

A Defensoria Pública deu início ao processo para declaração de ausência em 2021. Durante as diligências, não foram encontrados registros de sua passagem por outros estabelecimentos penais, tampouco certidão de óbito. No entanto, havia nos autos documentos sobre o processo criminal que levou à sua condenação e prisão em 1994.

“O Ministério Público manifestou-se favorável à declaração de ausência, destacando a inexistência de qualquer indício sobre a localização do homem. Com base nos elementos apresentados, a sentença reconheceu a ausência e nomeou a filha, que poderá organizar as documentações legais a partir de agora”.

Ainda Estou Aqui

Para o defensor público Giuliano Rosa, o caso ganha destaque pela comparação com as mortes e desaparecimentos no período da Ditadura Militar retratada no filme “Ainda Estou Aqui”, sobre o forçado do ex-deputado federal Rubens Paiva e o processo de buscas da esposa Eunice Paiva, protagonizados pelos atores Fernanda Torres e Selton Mello.

“A declaração de ausência impõe que o Estado de Mato Grosso do Sul dedique esforços para determinar o paradeiro da vítima e realize a investigação penal dos fatos, a fim de identificar e julgar os responsáveis pelo desaparecimento”, declarou.

💬 Fale com os jornalistas do Midiamax

Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?

🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo é garantido por lei.

✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados