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Variedades

Toda animação de sucesso precisa mesmo virar live action?

De clássicos da infância a estratégias milionárias: por que Hollywood insiste em transformar animações em live actions?
Da Redação -
Primeira aposta da DreamWorks no formato live action reacende o debate sobre adaptações de animações clássicas (Reprodução, DreamWorks)

Um dos últimos lançamentos do cinema, o live action “Como Treinar o seu Dragão” estreou arrecadando US$ 197 milhões no primeiro fim de semana, mais uma prova de que a nostalgia ainda tem força nas bilheteiras. Essa é a primeira aposta do estúdio DreamWorks de converter uma de suas famosas animações em filme com atores, e o resultado agradou os fãs.

Mas essa tendência não é novidade. Nos últimos 15 anos foi possível observar a crescente reformulação de originalmente animados que, devido ao sucesso de bilheteria, foram adaptados para o formato. Os lançamentos de 2025, como “Branca de Neve” e “Lilo & Stitch”, mostram que esse movimento continua firme, mesmo sob críticas de parte do público.

E é aí que surge o debate: até que ponto o live action atende realmente a uma demanda de nostalgia ou é apenas de uma fórmula segura de lucro?

Nostalgia e novo público

Ao revisitar clássicos que marcaram gerações, os estúdios não só atraem um público novo, mas também conseguem reconectar aqueles que já vivenciaram essas histórias. A nostalgia, nesse contexto, vira um ativo valioso que permite conquistar novos espectadores sem afastar os fãs de longa data. 

Um clássico, que antes era compartilhado por familiares, retorna às telas com um novo formato, trazendo algo fresco para todos, mas mantendo sua essência. Por exemplo, uma avó que acompanhou o lançamento de um clássico, agora pode acompanhar a nova versão com o seu neto no cinema. 

Lançado em março de 2025, o live action de “Branca de Neve” enfrentou críticas por escolhas no elenco, efeitos visuais e alterações no roteiro (Reprodução, )

Por que fazer live action se vão mudar a história?

Mas na transição da animação para o live action surgem questões, especialmente sobre às adaptações feitas ao contexto da época. Muitas vezes, os estúdios atualizam o contexto, adaptando o enredo às discussões e valores contemporâneos, ao invés de manter o cenário e as circunstâncias da época em que as animações foram criadas. Esse tem sido um dos principais tópicos debatidos pelos fãs.

De um lado, há quem critique as mudanças, dizendo que os personagens perdem sua essência original ou que as adaptações “estragam o que já estava bom”. De outro, há quem veja isso como uma oportunidade de corrigir falhas antigas e recontar histórias de forma mais inclusiva ou socialmente relevante atualmente.

Acabou a criatividade ou é estratégia comercial?

Embora pareça que os estúdios e roteiristas responsáveis pela criação de novos filmes de animação estejam enfrentando um bloqueio criativo, o que justificaria o aumento dos live actions, na verdade, essa questão pode ser vista sob outra ótica. 

Se considerarmos a nostalgia como uma fórmula de lucro quase garantido, porque não investir na reformulação de filmes que já são um sucesso, ao invés de arriscar a criação de novos roteiros? 

Do ponto de vista comercial, os live actions fazem total sentido. Eles não só garantem bilheteria como também reativam franquias inteiras. Com um remake, voltam ao mercado brinquedos, roupas, colecionáveis, produtos licenciados, videogames, atrações de parques temáticos e conteúdos exclusivos para plataformas de streaming.

No fim das contas, o live action é apenas a ponta do iceberg. O que realmente impulsiona o sucesso desses filmes são os diversos produtos e experiências associados a eles, garantindo um grande retorno para o estúdio. 

*Matéria escrita por Giovana Freire, estagiária, com supervisão da editoria

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