Um dos fundadores do Pink Floyd, Roger Waters, homenageou o capoeirista Moa do Katendê em seu show na cidade de Salvador, Bahia, na noite desta quarta-feira (17).
Durante a apresentação, um telão de 70 metros mostrou a imagem do mestre Moa, assassinado com 12 facadas por um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), logo após apuração da votação do primeiro turno. O inquérito policial da morte de Moa concluiu que ele foi assassinado por desavença política.
Junto à imagem, o cantor pediu paz e chegou a chorar em cima do palco. Durante a fala, o público, de 28 mil pessoas reagiu com aplausos e gritos de “#EleNão”, expressão usada como forma de protesto ao candidato Bolsonaro.
Waters novamente colocou no telão as imagens que causaram polêmica em outros shows. O manifesto do artista mostrou uma lista com líderes neo-fascistas pelo mundo, entre eles, o cantor colocou o nome de Bolsonaro. Entre os citados, estão Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (Rússia) e Marine Le Pen (França). Em resposta às reações de sua performance, o artista colocou uma tarja com o texto “Ponto de vista político censurado” onde antes era mostrado o nome do candidato brasileiro.
O espetáculo durou mais de duas horas, Waters e sua banda cantaram sucessos do Pink Floyd, e músicas solo, lançadas pelo cantor após sua saída do grupo.