Após Lizzo, de 35 anos, sofrer acusações de ex-dançarinos por assédio sexual e criação de um ambiente hostil, o atual grupo de dançarinos da artista se manifestaram, através das redes sociais, em defesa da cantora.

Nesta quinta-feira (17), o grupo “Big Grrrls and Big Boiiis” publicou um comunicado no Instagram, dizendo que a experiência de trabalhar ao lado da cantora foi uma grande oportunidade para quebrar paradigmas e estereótipos, além de que Lizzo tem um grande papel para derrubar qualquer limitação que possam aparecer.

Confira a nota completa:

“Tivemos o melhor momento de nossas vidas na ‘The Special Tour’. Ficamos muito honrados em dividir o palco com um talento tão incrível. A experiência desta turnê tem sido para além de #Especial! O compromisso com o caráter e a cultura prevalecendo sobre cada movimento e momento tem sido uma das maiores lições e bênçãos que poderíamos pedir”, escreveram.

Obrigado a Lizzo, por quebrar as limitações e abrir caminhos para os dançarinos Big Grrrl e Big Boiiis fazerem o que amamos! Você criou uma plataforma onde conseguimos fazer um paralelo entre nossa paixão e um propósito! Não só para nós, mas para as mulheres e todas as pessoas quebrando barreiras”.  

“Temos viajado e explorado novos horizontes do mundo. Tantas vantagens em prevalecer sobre as dificuldades que a sociedade e a indústria do entretenimento e da beleza podem trazer… Estamos tão gratos que os padrões e a existência da beleza nesta equipe vão além da superfície! Nossos dons coletivos alimentaram autenticamente o tipo de energia, amor e esse apoio pode fisiologicamente ajudar a curar o mundo”. 

Entenda a polêmica

No dia 1º de agosto, Lizzo foi acusada por três ex-funcionárias de assédio sexual e criação de um ambiente de trabalho hostil, conforme anunciou a rede NBC News, que teve acesso ao processo.

As ex- funcionárias alegavam que a cantora pressionou uma delas a tocar no corpo de um artista nu, durante uma visita a um clube em Amsterdã, na Holanda, além de reclamar de uma dançarina ter engordado, demitindo a mulher depois de ela ter gravado toda a reunião que não participou, por problemas de saúde.

O processo foi aberto no Tribunal Superior de Los Angeles, e também acusa a líder de equipe de dança de Lizzo, Shirlene Quigley, de querer converter os dançarinos. Segundo as denúncias, ela ridicularizava os funcionários que decidiram manter relações sexuais antes do casamento, fazia simulações obscenas, compartilhava fantasias sexuais, e ainda teria discutido abertamente a virgindade de um dos dançarinos, que também está recorrendo à Justiça.

Outras seis pessoas, também ex-funcionárias de Lizzo, fizeram denúncias semelhantes e afirmaram estar dispostas a entrar na Justiça contra a cantora, que nega todas as acusações. A artista está sendo acusada de assédio sexual, body shaming, gordofobia e criar um ambiente de trabalho hostil.