Metrópoles avisa que não vai demitir Leo Dias após colunista expor vítima de estupro

Após polêmica envolvendo jornalista, veículo informa que Leo Dias continua exercendo sua função

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Leo Dias continua escrevendo para Metrópoles
Leo Dias continua escrevendo para Metrópoles (Foto: Reprodução)

Nem mesmo a exposição de uma vítima de estupro ou comoção social contra o jornalista Leo Dias fez o site Metrópoles demitir o colunista de celebridades. Em um comunicado publicado nesta terça-feira (28), veículo assegurou que jornalista segue exercendo sua função.

Leo Dias esteve recentemente envolvido em polêmica com Klara Castanho após ter sido uma das pessoas a expor a gravidez proveniente de estupro da jovem, que posteriormente colocou a criança para adoção legalizada pela Justiça. O Brasil inteiro se uniu em comoção social contra o jornalista e demais comunicadores envolvidos no caso, como a apresentadora Antônia Fontenelle.

Muito se especulou sobre a possível demissão de Leo Dias do grande site de notícias por sua atitude nada ética. Contudo, o Metrópoles acaba de informar que “Leo Dias segue publicando suas colunas e entrevistas”.

Conforme a nota do veículo, colunista cometeu erro grave ao expor informações sigilosas sobre o caso de Klara Castanho. Em seguida, escreveu: “Erramos. E pedimos perdão à vítima”.

Metrópoles ainda informou que tem sido instado a se posicionar em relação a Leo Dias, mas não irá demiti-lo. Em seguida, listou inúmeras matérias publicadas por Dias que repercutiram de forma positiva no Brasil.

Ao fim, comenta que “Leo Dias não se resume ao erro cometido com Klara Castanho”, mas sem mencionar os momentos em que jornalista teve problemas com outras celebridades devido antiética e exposição excessiva.

Exposição

A atriz Klara Castanho sofreu exposição feita pelo colunista Leo Dias, do Metrópoles, que compartilhou a história em partes da gestação da global sem citar nomes. No entanto, o assunto tomou tamanha proporção que a própria vítima se pronunciou, relatando de forma profunda a dor e circunstâncias da gestação, fruto de um estupro vivido pela jovem.

“Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”, relatou. A atriz ainda tentava superar a violência que sofreu, quando o sigilo foi quebrado pelo colunista.

“Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu”, escreveu Klara. A global disse que tomou pílula do dia seguinte e fez exames após o estupro, no entanto começou a passar mal meses depois. “Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga”, relembrou sobre a descoberta da gravidez.

A gestação foi descoberta nas últimas semanas, assim a atriz — que poderia ter realizado aborto legal segundo a legislação brasileira — decidiu ter a criança e coloca-lá para adoção. “Passei por todos os trâmites: psicóloga, ministério público, juíza, audiência – todas as etapas obrigatórias”, explicou sobre a decisão. No entanto, ao acordar após o parto, Klara disse que foi ameaçada por profissionais da saúde, que afirmaram que poderiam vazar a história.

“Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro”, relatou sobre o momento que ainda estava com anestesia. A atriz disse que foi procurada por outro colunista depois e explicou a situação da violência, assim como para o outro.

“Bom, agora, a notícia se tornou pública, e com ela vieram mil informações erradas e ilações mentirosas e cruéis. Vocês não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança”, compartilhou a jovem.

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