Klara Castanho quebra o silêncio após carta aberta sobre estupro, gravidez e entrega de bebê

Atriz de 21 anos, Klara Castanho expôs abuso neste fim de semana

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(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Após publicar uma carta aberta revelando que foi estuprada, engravidou e entregou o bebê para adoção, a atriz Klara Castanho decidiu quebrar o silêncio e respondeu algumas publicações de apoio que vem recebendo nas redes sociais.

A jovem de 21 anos agradeceu o carinho do público, manifestado por famosos e anônimos em geral. Em especial, ela comentou em uma publicação de Taís Araújo: “Eu amo você, e não é dessa vida. Obrigada, Taís”, disse Klara.

“Obrigada por esse cuidado tão grande. Obrigada!”, também escreveu a atriz em publicação do roteirista Bruno Mazzeo. A atriz Carol Castro foi outra que prestou solidariedade e a jovem respondeu:

“Carol, meu amor. Obrigada por estar e sempre ter estado aqui. Te amo Só te amo mil vezes”, disse Klara, que só apareceu poucas vezes, e por meio de textos em comentários.

Carta aberta de Klara Castanho

A atriz Klara Castanho sofreu exposição de sua vida pessoal, com detalhes do sofrimento que tentou esconder. Depois da imensa repercussão, ela se pronunciou, relatando de forma profunda a dor e circunstâncias da gestação, fruto de um estupro vivido pela jovem.

“Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”, relatou ela.

Na carta aberta publicada nas redes sociais, Klara prosseguiu: “Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu”, escreveu Klara. A global disse que tomou pílula do dia seguinte e fez exames após o estupro, no entanto começou a passar mal meses depois. “Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga”, relembrou sobre a descoberta da gravidez.

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Uma publicação compartilhada por Klåra Cåstanho (@klarafgcastanho)

A gestação foi descoberta nas últimas semanas, assim a atriz — que poderia ter realizado aborto legal segundo a legislação brasileira — decidiu ter a criança e coloca-lá para adoção. “Passei por todos os trâmites: psicóloga, ministério público, juíza, audiência – todas as etapas obrigatórias”, explicou sobre a decisão. No entanto, ao acordar após o parto, Klara disse que foi ameaçada por profissionais da saúde, que afirmaram que poderiam vazar a história.

“Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro”, relatou sobre o momento que ainda estava com anestesia. A atriz disse que foi procurada por outro colunista depois e explicou a situação da violência, assim como para o outro.

“Bom, agora, a notícia se tornou pública, e com ela vieram mil informações erradas e ilações mentirosas e cruéis. Vocês não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança”, compartilhou a jovem.

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