Casada com Mr. Catra por 23 anos, Silvia Regina é mãe de cinco dos 32 filhos do cantor. Em entrevista ao podcast “Barbacast”, ela foi questionada sobre como suportou as “traições”. A relação do casal era considerada aberta, no entanto, apenas o funkeiro tinha outras parceiras.

“Todo mundo me faz essa pergunta. Eu canso de falar isso. Eu amei o Wagner demais e eu tinha nele uma figura de paizão. Eu não tive pai. Eu amava meu pai, mas ele não me criou e não teve aquela convivência”, explicou Silvia.

Silvia disse que, quando nova, achava que a presença de um pai na família era muito importante. “Achava que se minha mãe tivesse com meu pai, as coisas seriam diferentes. O Wagner foi aquele amor platônico e eu achava que eu tinha que passar por aquilo. ‘Deus não te dá o fardo que você não possa carregar'”, afirmou.

Ela diz que questionou muitas vezes a relação que vivia com Catra, mas não conseguia terminar o casamento. “Eu não tinha muito entendimento das coisas e hoje, eu estou estudando o feminismo, tenho consciência sobre relacionamentos abusivos e isso eu não tinha. Achava que tinha que viver todo mundo junto e também eu gostava dele”, contou.

“Se você for olhar ao redor acontece nas melhores e piores famílias. (…) É muita hipocrisia dizer que ‘ah, eu fui corna e larguei’. Toda mulher foi corna um pouco, porque quando ama, você perdoa. A pessoa é que é abusada e abusa do perdão. Eu perdoei 27 vezes”, disse.

Saudade

Em setembro, a morte do Mr. Catra completa 3 anos. Ele faleceu aos 49 anos em decorrência de um câncer no intestino. Silvia diz que sente falta do marido o tempo todo, mas atualmente está mais fácil de lidar.

“Os primeiros dois anos eu fiquei pra baixo. Tem uma foto lá em casa, minha e dele, grandona, e até hoje essa foto tá lá. No começo eu olhava pra foto e falava ‘filho da ****, você me abandonou aqui. Quem mandou você morrer?”, declarou.