Eleandro Passaia é execrado ao comemorar Ibope conquistado com a morte de Marília Mendonça

Jornalista que gravou esquema de corrupção em MS apresenta o Balanço Geral desde setembro

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Eleandro teve passagem histórica por Mato Grosso do Sul
Eleandro teve passagem histórica por Mato Grosso do Sul

Eleandro Passaia, ex-secretário de Governo de Dourados, e responsável por gravar políticos de Mato Grosso do Sul em esquema de corrupção, quando ainda ocupava o cargo na cidade, é o apresentador do Balanço Geral SP desde setembro, e repercutiu neste fim de semana após comemorar a audiência da Record TV, emissora onde trabalha, conquistada com a cobertura da morte de Marília Mendonça;

Habituado com derrotas para o SBT e rejeitado pelo público do “Cidade Alerta” aos sábados e feriados, Eleandro Passaia não perdeu a chance de comemorar e divulgar os seus primeiros índices positivos de audiência na emissora.

Ainda na noite de sábado (6), pouco tempo depois de sair do ar, Passaia usou o Instagram para publicar o print de uma matéria do site “O Antagonista”, com o título “Record ultrapassa a Globo com cobertura do velório de Marília Mendonça”. No entanto, após rápida repercussão extremamente negativa de sua atitude, ele logo apagou o story.

As atitudes de Eleandro Passaia lembraram o constrangedor “como tá a audiência?” de Rodrigo Faro durante uma homenagem para Gugu Liberato, em 2019. Na internet, tanto faro como Passaia foram detonados por suas ações.

Prints registraram o que Passaia tentou apagar (Fotos: Reprodução)

 

Passaia em MS

Conhecido em MS por gravação realizada em 2010, Passaia filmou o ex-deputado e então 1° secretário da Assembleia Legislativa, Ary Rigo (PSDB), detalhando um suposto pagamento de propina a autoridades estaduais. A filmagem teria ocorrido em 12 de junho daquele ano, em hotel em Maracaju, distante 163 quilômetros da Capital.

Nela, Ary Rigo explicava como seria a distribuição de propina — supostamente advinda do duodécimo da Assembleia — a autoridades do alto escalão do Estado, como o governador à época, André Puccinelli (MDB), membros do Tribunal de Justiça e até o ex-procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira.

Em um dos trechos, entregues por Passaia à Polícia Federal, o ex-deputado conta que o Legislativo ‘devolveria’ dinheiro ao governador, narrando que o valor teria subido de R$ 2 milhões para R$ 6 milhões. Rigo se queixou que o aumento teria ocasionado corte de pagamentos supostamente feitos a desembargadores e ao MPMS.

O material registrado por quatro meses, sob orientação da Polícia Federal, revelou suposto pagamento de propina ao então prefeito de Dourados, Ari Artuzi — que acabou expulso do PDT — municiou a Operação Uragano, que levou prefeito, secretários e vereadores à prisão.

Peça fundamental para a Operação e muitos anos após deixar MS, Eleandro assumiu a apresentação do “Balanço Geral” no dia 20 de setembro como substituto de Geraldo Luís, que era a grande marca da atração. 

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