O cantor Marcelo Pires Vieira, conhecido artisticamente como Belo, foi preso nesta quarta-feira (17) durante operação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele está sendo investigado por realizar um show no Complexo da Maré, localizado na Zona Norte do Rio, fazer aglomeração e descumprir as regras de biossegurança devido à pandemia.
De acordo com o G1, ele foi preso em Angra dos Reis, na Costa Verde. Em uma produtora na cidade, foram apreendidos equipamentos, documentos e veículos.
Como o evento na Escola Municipal do Parque União, no último sábado (13), não teve autorização da Secretaria Municipal de Saúde, a polícia também investiga a invasão ao colégio.
A Delegacia de Combate as Drogas (DCOD) abriu inquérito e, nesta quarta, cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Uma das buscas foi na sede da empresa que organizou o evento, a produtora Série Gold.
Ainda conforme as informações do G1, os mandados de apreensão foram para: Marcelo Pires Vieira, o Belo, cantor; Célio Caetano, sócio da produtora; Henriques Marques, o Rick, sócio da produtora e Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.
O que diz Belo
Em resposta ao G1, Belo se defende afirmando que seguiu todos os protocolos de segurança para a realização do evento.
“Fizemos o show seguindo todos os protocolos. Não temos controle do geral. Isso nem os governantes têm. As praias estão lotadas, transportes públicos, e só quem sofre as consequências são os artistas. Que foi o primeiro segmento a parar, e até agora não temos apoio de ninguém sobre a nossa retomada. Sustentamos mais de 50 famílias.”, se explica.
A polícia também informou que todas as pessoas envolvidas no evento serão ouvidas. Belo será intimado para esclarecer quem pagou o cachê do show.
Outras prisões
Essa não é a primeira vez que o cantor é preso. Ele já foi condenado em 2002 a seis anos de prisão por associação para o tráfico e negociar drogas e armas pelo telefone com um traficante. O músico ficou preso por cerca de um mês e conseguiu o direito de responder por liberdade após entrar com recurso.
O Ministério Público recorreu da decisão e a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aumentou a pena para oito anos. Ainda segundo o G1, Belo foi preso novamente em 2004.
