MC Livinho é acusado de racismo e assédio por modelo

O funkeiro MC Livinho participou do “Blackout Tuesday”, mas foi acusado de racismo pouco tempo depois nesta terça-feira (2)

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O funkeiro MC Livinho participou do “Blackout Tuesday” (terça-feira de apagão, em inglês), um protesto virtual às mortes de negros pela polícia, mas foi acusado de racismo pouco tempo depois nesta terça-feira (2). A modelo Raielli Leon foi quem contou em seu Instagram que teria sido xingada e desrespeitada pelo cantor na gravação de um clipe em 2017.

Ela disse que o vídeo foi gravado em um sítio com nove modelos negras e dez brancas. Fã de Livinho, a moça estava empolgada e se produziu para o evento, mas percebeu logo no início que o cantor não foi com a sua cara.

“Não sei o que passou na cabeça dele, porque não tem como a gente saber o que se passa na cabeça de uma pessoa racista, idiota, escrota, mas ele começou a fazer umas dancinhas idiotas, obscenas, virando para o meu lado, pegando no saco, imitando o Michael Jackson, como se estivesse sarrando”, inicia Raielli.

Segundo a modelo, o pior aconteceu quando Livinho tirou o celular do bolso e colocou no cabelo dela. Em seguida, disse que foi roubado. “Tirei a mão dele e falei: ‘Para com isso, sai fora’. Tentei continuar dançando, todo mundo que estava no momento começou a rir. Satisfeito, porque ele queria aparecer, repetiu a brincadeira por mais duas vezes. Colocou a mão no meu cabelo e falou que estava espetando, catou o anel e colocou no meu cabelo, falou que roubei”, recorda a dançarina.

Raielli diz que ninguém a defendeu e Livinho não percebeu que estava passando dos limites. Após ser convidada para pular na piscina, a moça o chamou de idiota, mas o cantor não se importou. “Ele perguntou se eu não queria pular na piscina para ver se ia molhar (o cabelo). Pegou no meu braço e foi me jogar. Eu estava inconformada. Não tinha intimidade com ele, não dei liberdade para fazer brincadeiras comigo. Muito menos isso, que para mim não é brincadeira”, explica.

No vídeo publicado no Instagram, a modelo diz que dias depois foi convidada para outro clipe do artista, mas disse ao seu produtor que só iria se Livinho se desculpasse e parasse com essas “brincadeiras”. Foi aí que a história ganhou um novo episódio.

“Ele me xingou de todos os nomes possíveis, falou que era mentira minha, que eu estava inventando, que ia acabar com a minha carreira, que eu devia ter medo do que estava falando e de quem estava brincando. Isso foi só a pontinha de um iceberg que não acaba nunca. Parece que nunca mais vou ter paz na minha vida”, diz ela, que entrou com processo contra o artista.

Depois disso, Raielli diz que sofreu consequências. “Fui cortada de festas, cortada de presença vip, cortada de clipes. A advogada abandonou o processo, disse que ‘perdeu todas as minhas provas’. Depois de tudo que passei, vocês não acham um absurdo a pessoa postar bandeirinha de ‘vidas negras importam’?”, questiona ela.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados