Está longe de terminar a briga entre Marcius Melhem, Dani Calabresa e sua advogada, Mayra Cotta, que representa a atriz e outras cinco mulheres que acusam o e ex-diretor da Globo de assédio sexual e moral. Agora, a defesa de Melhem resolveu soltar uma nota na qual afirma que a decisão dele de processar Cotta vai ao encontro do ‘respeito aos envolvidos'.

Em nota, a advogada Ana Carolina Piovesana diz que “a decisão de Marcius Melhem de judicializar a denúncia feita pela imprensa (sem processo) contra ele é a demonstração clara do seu respeito às pessoas envolvidas e ao Estado Democrático de Direito”. A advogada diz ainda que “judicializar o debate é exercer o direito de defesa, consagrado na Constituição Federal”.

No dia 4 de dezembro, o ator e diretor Marcius Melhem anunciou que tomaria medidas judiciais contra Dani Calabresa, pedindo que ela confirme ou desminta relatos de assédio que teria sofrido. Ele também anunciou que já entrou com uma ação da Justiça contra a advogada Mayra Cotta, que representa as mulheres e testemunhas que o acusam de assédio, para que ela prove as denúncias.

Entenda o caso

A colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, foi a primeira a expor a extensão das acusações contra o , por meio de uma entrevista com a advogada Mayra Cotta, publicada no dia 24 de outubro. Nesta sexta-feira (4), reportagem da revista piauí revelou detalhes sobre dois assédios sofridos por Dani Calabresa que causaram comoção de internautas e . Na época dos fatos, Marcius Melhem atuava como diretor humorístico da emissora. Segundo testemunhas e colegas de Calabresa, as situações aconteceram em 2017.

Uma das denúncias revela que Marcius Melhem tentou beijar Calabresa à força, além de agarrá-la contra a sua vontade e de exibir suas partes íntimas durante uma festa da equipe do Zorra, no . Ele também pediu para que a artista “calasse sua boca” sobre a situação.

Calabresa denunciou o fato à chefe de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico (DAA), Monica Albuquerque, após deixar o elenco do Zorra. De acordo com a piauí, a primeira decisão em relação ao fato foi recomendar uma terapia ao acusado, sem nenhuma advertência. Na sequência, o caso também foi levado para Carlos Henrique Schroder, diretor-executivo de Criação e Produção de Conteúdo da Globo.