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A carioca Elisete conheceu Rikelme e Ricardo em – Foto: Arquivo Pessoal 

O rumo inesperado fez com que a família pensasse em novas decisões. Não conhecendo ninguém na cidade, sempre se viraram sozinhos. Até que um dia Ricardo teve uma ideia.  

“Ele disse que via muitas pessoas vendendo coisas na avenida [Bom Pastor]”, conta Elisete. Como ela sempre gostou de cozinhar, pensou em fazer e vender quentinhas. 

O problema de não conhecer quase ninguém na cidade veio à tona novamente, junto com o preço absurdo da carne. Com as novas dificuldades, decidiu embarcar nos doces! 

Sucesso dos brigadeiros é uma mistura de dedicação e de receitas da internet  – Foto: Arquivo Pessoal 

 

“Começamos com 12 balas baianas, no dia 11 de julho. E o Rikelme vendeu tudo. Foi muito rápido!”, lembra. Neste dia, tiveram R$ 27 de lucro. Então, resolveu fazer mais.

Na internet, encontrou várias receitas de brigadeiros diferentes. Pesquisando e assistindo vários vídeos no YouTube, criou a Doce Amor, brigadeiros gourmet. 

O que Elisete não esperava era ficar conhecida através das redes sociais. No Facebook, no grupo “Aonde ir em Campo Grande”, os brigadeiros apareceram sendo muito bem recomendados. 

Na publicação dizia o seguinte: “Hoje saí pra jantar e enquanto fazia minha refeição, um menino muito educado me abordou me oferecendo esses brigadeiros, comprei pra ajudar, e enquanto estava no local resolvi experimentar os doces, e eram tão  deliciosos, que até a hora que fui embora ele passou de novo e eu comprei outro”. 

No mesmo post, a mulher ainda deixa um baita recado: “Nosso país passa por uma crise terrível, só hoje nessa mesma rua fui abordada por 6 pessoas diferentes vendendo seus produtos, imagino que ninguém na vida goste de passar suas noites andando por restaurantes pra vender algo, a maioria o faz por necessidade”. 

“Eu tinha vergonha de publicar; daí essa moça abençoada por Deus me adicionou nesse grupo”, diz. “Estou aqui muito emocionada recebendo muitas encomendas. Que Deus abençoe cada cliente”, pede Elisete. 

Agora, além de vender muitos brigadeiros e ajudar na renda de casa, Elisete também carrega outro grande desejo: ter as duas outras filhas que ficaram no pertinho dela.

“Sofro muito com a falta delas. São casadas. Uma é confeiteira e a outra tatuadora, uma grande profissional”, diz a mãe toda orgulhosa.