No ano de 2020, os campo-grandenses enfrentaram um ciclo de problema e aprendizados com com o novo coronavírus. Entre os novos ritos, o habito de usar mascara, álcool em gel e de manter o distanciamento social ingressaram na rotina da população. Mas, será que esses costumes serão mantidos quando chegar o pós-pandemia? A reportagem do Jornal Midiamax visitou o centro da Capital para encontrar essa resposta.
Para o motorista Paulo Dias, de 54 anos, as próximas gerações lembrarão disso por anos e não vão dispensar os bons costumes. “Vou continuar com o álcool e a máscara, daqui a 50 anos meus netos vão lembrar disso”, explicou.
Ele ainda ressalta que neste futuro não muito distante, o simples fato de tossir já vai fazer com que a pessoa coloque uma máscara e lamenta o fato de algumas pessoas não acreditarem na eficácia dos EPIs. “Para não acreditar, a pessoa não teve ou viveu essa situação de perto, por isso não se preocupa. Pessoas próximas de mim morreram”, finaliza Paulo.

No caso da dona de casa, Jocilene Rondon, de 41 anos, a proteção individual foi intensificada durante a crise e pretende levar esse costume para os próximos anos. “Não tinha o costume de usar o álcool em gel e lavar a mão com mais frequência, vou ter esse cuidado mesmo no futuro”, relata Jocilene.
Opinião dividida
Entretanto, esse é um tema que ainda divide opiniões e algumas pessoas podem não concordar com essas medidas para daqui a alguns anos.
“Como pessoa, acredito na doença, ela existe, mas acho que ela não é tudo isso. No futuro vamos descobrir que foi bem menos intenso”, afirmou o proprietário de uma loja de roupa, Francisco Teodoro, de 46 anos.
No âmbito profissional, o empresário reforça que segue as regras de biossegurança, mas não almeja manter as normas se não forem estipuladas. “Como lojista peço para usar máscara e álcool em gel, mas se acabar a tutela não vou obrigar ninguém”, finalizou Teodoro.
Para quem vendo o produto nas calçadas da rua 14 de Julho, a opinião se alinha com a maioria das pessoas. “Vou continuar usando mesmo com a vacina, não sei se o vírus acabou”, detalhou vendedor autônomo, Gilvando dos Santos, de 52 anos.

Em apenas alguns minutos de caminhada, é possível constatar que alguns moradores da Capital insistem em não usar o EPI e chama a atenção do vendedor. “Deve faltar costume ou falta de ar, geralmente é o jovem que não está usando máscara”, finalizou Gilvando.
Quem trabalha em ambiente fechado também não pretende abandonar o costume. “É extremamente importante a higiene com ou não pandemia, álcool em gel principalmente”, afirmou a auxiliar administrativa Theyssa Lima, de 19 anos.