Sonhando com mundial, ‘mini lutadores’ usam arte do convencimento para vender doces em sinal de Campo Grande
Competidores estão arrecadando fundos para poder viajar e competir em São Paulo
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Trajando seus kimonos, os lutadores mirins do projeto social Lutando pelo bem estão enfrentando uma luta diferente: na Avenida Afonso Pena enfrentam a jornada de vendas de doces para arrecadar dinheiro e competir no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, em São Paulo.
Nos sinaleiros do cruzamento da Afonso Pena com Padre João Crippa, cerca de 10 atletas entre crianças e pré-adolescentes, vendem os doces para os motoristas que param no sinal vermelho. A competição acontecerá nos dias 26, 27 e 28 de novembro e até lá, o grupo pretende arrecadar R$ 15 mil para custear transporte até o local, alimentação e estadia.
Shirlei Pinheiro, de 42 anos, uma das mães dos atletas que monitorava a venda, explicou que só com o aluguel do ônibus para levar os lutadores foi orçado em R$ 12 mil, mais os outros gastos e a inscrição das crianças, que custa R$ 250 até amanhã (15) e depois R$ 280.
“Com o que arrecadar a gente vai ver quantos alunos vai dar pra gente mandar”, contou ela ao Jornal Midiamax. São cerca de 20 atletas treinando no projeto, que é da Academia Brunão Cicero Costha, que fica no bairro Coophavila.
Um dos alunos é atleta Danilo Barbosa, de 10 anos, que já ganhou a competição a nível nacional e mundial. “Agora que não é a primeira vez eu me sinto mais tranquilo e preparado, mas para competir a gente precisa arrecadar o dinheiro”, disse ele à reportagem.
Conforme outra mãe que ajudava na monitoria das crianças atletas, Jéssica Santos, de 35 anos, além da venda no sinaleiro, o grupo está organizando um almoço beneficente. “A mobilização não é só para um ou outro [aluno], mas para todos”, comentou ela sobre a expectativa da competição.
Há também a possibilidade de um doador patrocinar um dos competidores, com a campanha “Adote um atleta”. As vendas no sinaleiro da Afonso Pena se concentram principalmente nos primeiros 15 dias de cada mês, mas continuam até que o montante seja arrecadado.
O projeto existe pelo menos desde 2012 com a professora de Jiu-Jitsu Lenir Barbier e além dos custos da viagem, alguns dos alunos não possuem kimonos próprios para competir, então parte do dinheiro vai custear os materiais em benefícios dos atletas mirins.
Quem puder ajudar com qualquer valor ou adotar um atleta pode entrar em contato com a professora Lenir no número (67) 9 9273-7233 ou pelo Instagram da academia neste link.
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