No período de quarentena, muitas pessoas se arriscaram a cortar o próprio cabelo em casa. Será que foi uma boa ideia? Ou rolou aquele arrependimento? O Jornal Midiamax ouviu profissionais cabeleireiros e foi em busca de respostas.
Gilson Viana é um dos cabeleireiros que recebeu clientes insatisfeitos com o que aprontou nas madeixas. Com tantos cabelos para resolver, Gilson acabou criando o “Corte Quarentena” neste ano.
Assim que os salões puderam reabrir, “choveu” de gente no local. Crianças e homens eram a maioria. “Atendi muito pai, filho, avó e avô”, conta.

“Atendi vários! Teve mãe que foi ajeitar, pegou a maquininha, ou tesoura, e fez aquele caminho de rato (risos) Aí entra o Gilson para aparar, ajeitar, arrumar. Os maridos que pedem pra esposa fazer o ‘pezinho’? Pensa como fica? Fui arrumando tudo!”, relembra.
Já Viviane Campos também recebeu diversas clientes pedindo socorro. “Atendi muita gente! A maioria fez arte nos cabelos, principalmente os loiros. Acharam que o salão ficaria fechado por mais tempo e resolveram pintar em casa. Umas puxaram luzes e ficaram alaranjadas”, conta.
Mas o campeão no salão foi a franja. “70% das clientes vieram para resolver esse problema”, afirma a cabeleireira.
Outro profissional da beleza que salvou a vida de muita gente foi Felipe Guerreiro. Segundo ele, durante a pandemia, foi de tudo um pouco: de cliente tonalizando o cabelo em casa até cortando a franja. “Eu só perguntava: gente, o que aconteceu?! (…) Essa pandemia foi engraçada no ramo da beleza!”, destaca.

Para quem arrisca mudar o visual por conta própria seguindo tutoriais da internet, o Felipe faz um alerta. “Tem uma posição ideal para você cortar [o cabelo]. Em casa, a gente muda a posição da nossa cabeça e das tesouras. Então isso prejudica. O jeito que a pessoa está posicionada influencia no corte”, explica.
Viviane também sugere aos corajosos não fazer nada em casa. “O cabelo é uma coisa muito séria. Tem muita incompatibilidade. E a franja, quando cortada curta, não tem muito o que fazer, só esperar crescer mesmo”, finaliza.