O Clube de Regatas do Flamengo busca neste sábado (23) encerrar um jejum de 38 anos na Taça Libertadores da América em jogo único contra o River Plate em Lima no Peru. A família Ribeiro Borges, do Jardim Alto São Francisco em Campo Grande, é apaixonada por e tem flamenguista, palmeirense, gremista, corintiano, mas neste sábado todo mundo é Flamengo.

Com a grande campanha do time carioca na temporada, até torcedores de outros brasileiros estarão do lado do representante do país na grande Final. Na temporada 2019, o Flamengo tem o saldo de 64 gols (112 marcados e 48 sofridos) em 60 jogos. Só na Libertadores foram 17 gols em 11 jogos.

Tia Edna, de 57 anos, é a matriarca da família Ribeiro Borges. As festas e o futebol fazem parte de sua história. Reunir a família e amigos vai ser a prioridade no sábado (23). Só na sua casa são 6 pessoas contado sobrinhos, netos e cunhados, mas chutando baixo, já espera mais de 20 convidados para o jogo da Final da Libertadores.

A matriarca, que trabalha com decorações infantis, conta que aprendeu o gosto do futebol e como torcer com o tio falecido, Walter Silva, que era jogador do Comercial nos tempos dourados do time campo-grandense nos anos 70.

“Fazem anos. Época de Copeu, Gamarra. Antigamente tinha o clássico ‘Comerário', contra o Operário, no Morenão, com . A gente entrava no campo com meu tio, tipo mascote do time, era muito bom. Ele me ensinou a torcer”, relembra Edna Ribeiro.

Edna é palmeirense de carteirinha, já fez até aniversário com a decoração do porco. Seu marido, com quem é casada há 39 anos, e sua cunhada? Gremistas fanáticos. A neta? Corintiana fiel. Os sobrinhos? Todos flamenguistas roxos. Mas segundo Tia Edna, o futebol não pode ser rivalidade, principalmente em família.

“Cada qual tem seu time. Aqui todos são de comum acordo. Damos risadas, brincamos. O ser humano tem que aprender que o Flamengo vai jogar pelo Brasil, assim como a seleção faz. Tem que torcer a favor, e também bagunçar”, afirma a decoradora descontraída.

Um de seus sobrinhos, Luiz Felipe Assis, conta em entrevista ao Jornal Midiamax que desde os 5 anos já sabia que era flamenguista de coração, quando a irmã deu uma camisa do jogador Zico e o vermelho e preto ficou marcado pra sempre. No sábado, estará com a família usando seu “manto de raça” para ver o Flamengo representando o Brasil.

“É muita emoção o meu time chegar longe. Nunca vi o Flamengo na Final da Libertadores. Nasci em 1991, 10 anos depois do último título. É uma emoção explodindo do peito. Acho ótimo minha família torcer também porque eles sabem que o Brasil estar em campo é o melhor”, relata Luiz Felipe Assis.

Jejum do Flamengo

Flamengo e River Plate disputam o título da Taça Libertadores da América em jogo único neste sábado, dia 23 de novembro, no estádio Monumental de Lima, no Peru, a partir das 16h do horário de MS. O Fla tenta encerrar um jejum de 38 anos no torneio, já que a última conquista foi em 1981.