Assunto gerou polêmica nas redes sociais

Enquanto analisava a variedade de espalhados pelas gôndulas do e também se intrigava com os preços cobrados, principalmente os dos chocolates infantis, a empresária Marcella Rondon Solano teve a atenção roubada pelo diálogo entre um pai e uma vendedora que estavam próximos a ela.

O assunto em questão era o posicionamento do homem, enquanto pai e consumidor. Ao ser abordado pela vendedora, que lhe foi apresentar os produtos de , ele a interrompeu dizendo ser contra este tipo de campanha e ao incentivo do consumismo em datas comemorativas. Ressaltando também que o verdadeiro sentido da Páscoa não está no chocolate.

A conversa entre os dois mexeu com Marcella, que acabou levando a reflexão às redes sociais. Na postagem, ela escreveu o seguinte texto:

“Estava no supermercado hj quando uma vendedora da sessão de ovos de pascoa ofereceu a um pai e ele respondeu da seguinte forma: Eu sou contra esse marketing moça, criei meus filhos sem acreditar em papai Noel e coelho da PÁSCOA e com o dinheiro que eu gasto com um ovo da pascoa por somente ter um formato diferente eu compro muito mais em chocolates para eles e não precisa ser só na páscoa! A moça ficou sem reação e abaixou a cabeça, logo depois q o pai foi embora ficou de “buchicho” com a outra vendedora e ouvi o seguinte comentário entre as duas: Quando é assim é daqueles pais que gasta dinheiro com “cachaça” e na hora q é pra compra um ovo de páscoa pro filho acha caro! Nessa hora eu sai de perto e fiquei pensando. Sabe de uma coisa, esse pai tem razão.. Pq comprar ovos de pascoa pelo simples fato dele ser em formato de um ovo? se podemos ter o mesmo sabor em vários chocolates da mesma marca ou ate diferentes..brinquedos já são presenteados em aniversários, dia das crianças e natal. As pessoas se acham espertas colocando o valor de um ovo da páscoa ABSURDO, porem algumas esquecem o verdadeiro sentido da páscoa e dão valor somente ao chocolate. Dou meus parabéns a esse pai..pois me fez refletir tbm que o comércio nos explora DEMAIS! Conclusão: Larguei mão de comprar ovo da pascoa e comprei tudo em bombom!”

Comentários

Como nas redes sociais é fácil gerar polêmica, o assunto ganhou vários comentários e divergência de opiniões. Teve quem concordou com o posicionamento do pai e também quem opinou a favor de se alimentar a fantasia das crianças. Contudo, todos concordaram em um ponto específico: o absurdo dos preços cobrados nos ovos de Páscoa.

“Acho que ele foi um pouco grosso com a moça coitada…. era só dizer, não obrigado! Afinal ela não tem culpa e está trabalhando rsrs! Mas são muito caros mesmo, mas vale a pena alimentar nos nossos babys essa esperança do Natal, da Páscoa, o mundo já está tão violento, tão chato… pq não deixar acontecer as coisas boas né… claro sem esquecer do real sentido de tudo isso!”, comentou uma das seguidoras de Marcella.

Outra amiga dela relatou uma experiência: “Teve uma Páscoa em que minha sobrinha e eu fizemos um bolo juntas, fomos ao parque passear e tivemos um dia especial juntas… Não sentiu falta de brinquedo ou chocolate… Eu expliquei o significado da Páscoa e o quanto os ovos estavam caros… Foi um dia muito marcante pra nós! A gente mesmo ensina a criança a ser consumista com essas datas e depois reclamamos de certas atitudes no futuro… Não digo que nunca darei ao meu filho, mas ele crescerá sabendo que o valor da Páscoa não está no chocolate ou no brinquedo”.

Para Marcella, o que ficou de tudo isso?

“Na verdade o que eu quis mostrar é que não precisamos dar brinquedos nessa data como forma de demonstrar que o coelho da Páscoa existe. Quis demonstrar que o mercado está superfaturando e aproveitando muito as oportunidades para que as crianças se encantem e queiram do melhor e do mais caro. É possível fantasiar de outra forma essa data”, explica a empresária.

Grávida do primeiro filho e já atenta aos valores que pretende passar a ele, Marcella ainda questiona que trabalhar o lúdico com as crianças pode ser feito em outras situações, de outras formas, no principalmente na rotina, no dia a dia, sem precisar atrelar essas fantasias ao consumismo.

“As crianças esperam do coelho aquele ovo que viu em propagandas pelo objeto que vem junto. E eu quis dizer que o valor da Páscoa não está no brinquedo. E também que podem ter o objeto em outras datas, como aniversário, Dia das Crianças, ou atá sem ser data específica”, pontua Marcella.

E você, o que pensa a respeito?