Sabia que a data começou a ser celebrada em 1970?
Mas por trás das paradas, trios elétricos e mensagens de tolerância e respeito, o Dia Internacional do Orgulho LGBT reúne fatos que fazem deste dia o que ele é – uma referência na defesa dos direitos LGBT e resistência às opressões em todo o mundo. Separamos alguns dos fatos mais marcantes para você ficar por dentro. Confira a lista!
Dia Internacional do Orgulho LGBT
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O dia 28 de junho não foi escolhido aleatoriamente para celebrar o Orgulho LGBT. Esta data ficou marcada porque, em 1969, um grupo de gays, travestis e transexuais que celebrava no bar Stonewall Inn, no Brooklyn, em Nova Iorque, reagiu aos ataques desproporcionais da polícia novaiorquina a paus e pedras. O episódio ficou conhecido como ‘Batalha de StoneWall Inn’ e é considerado um dos mais emblemáticos da comunidade LGBT. A partir dos motins, ficou bastante claro a necessidade de se organizar para promover resistência do grupo e exigir direitos. A data é considerada, portanto, o nascimento do movimento LGBT organizado. O bar existe até hoje, a propósito, e é uma espécie de Meca para LGBTs que viajam a Nova Iorque.
Mas há outras datas importantes para a comunidade
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Como o dia 29 de janeiro, considerado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data foi escolhida porque nesse dia travestis e transexuais estiveram no Congresso Nacional pela primeira vez para denunciar a dura realidade enfrentada por elas. Além desta data, também pode-se destacar o ‘Dia de Combate a Homofobia’, em 17 de Maio, que foi quando a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1990. No Dia 6 de Dezembro, também celebra-se o ‘Dia Internacional de Combate ao HIV’, data importante para LGBTs em razão da grande incidência do vírus na comunidade, principalmente na década de 1990.
“Além do arco-íris”
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o símbolo mais famosos da comunidade LGBT tem seis cores e foi hasteada pela primeira vez em 25 de junho de 1978, durante a parada LGBT de São Francisco. Existem várias versões da bandeira e algumas delas falam até que se trata de uma homenagem a Judy Garland, atriz americana que cantou ‘Somewhere Over The Rainbow’ no filme ‘O Mágico de Oz’, e que morreu na mesma semana da Batalha de StoneWall. Mas a versão oficial traz que a bandeira é criação de Gilbert Baker, um amigo do militante LGBT Harvey Milk (o primeiro homem assumidamente gay a ser eleito para um cargo público e que foi assassinado em São Francisco, na Califórnia, em 27 de setembro de 1978). Conta-se, a propósito, que as seis cores têm diversos significados, sendo o roxo o espírito e a resistência; o azul o amor pelo artístico; o verde a natureza; o amarelo a luz; o laranja a cura e o poder. E o vermelho, o fogo e a vivacidade.
Primeira Parada LGBT
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O 28 de junho, que já se tornou o ‘Mês do Orgulho’, também é marcado como uma das primeiras paradas LGBT: o motim em Stonewall Inn levou mais de duas mil pessoas nas ruas após a violência dos policiais que espancaram e prenderam LGBTs que estavam no bar, como forma de protesto. Um ano depois, em 28 de junho de 1970, militantes foram às ruas de São Francisco, Los Angeles e Nova York para celebrar o aniversário do ato de Stonewall, caracterizando a primeira Parada do Orgulho LGBT da história.
28 de junho no Brasil
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Também em 28 de junho é fundado o GGB, o Grupo Gay da Bahia, em 1980, a entidade LGBT mais antiga do Brasil, coordenada pelo antropólogo Luiz Mott, ‘decano’ do movimento LGBT. O GGB, a propósito, realiza levantamento anual das mortes em decorrência de homofobia e transfobia no Brasil – os dados referentes a 2016 revelaram que o ano foi o mais violento para a comunidade desde 1970, com o registro de 343 mortes, entre janeiro de dezembro – um assassinato a cada 25 horas.
São Paulo no circuito
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Em tempo: A Parada LGBT de São Paulo, conhecida como a maior do mundo, teve sua primeira edição realizada em 28 de junho de 1997. Desde então já foram realizadas 21 edições, com a última no dia 18 de junho deste ano – mais de 2 milhões de pessoas lotaram a Avenida Paulista
Primeiro Casamento Gay do Brasil
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Também no 28 de junho foi realizado o primeiro casamento civil entre homens do Brasil, em 2011, quando o comerciante Luiz André Rezende Moresi e o cabeleireiro José Sérgio Sousa disseram ‘sim’ em Jacareí, no interior de São Paulo, e fizeram história no Brasil.
Em Campo Grande também tem!
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Falando em Parada do Orgulho LGBT, na capital sul-mato-grossense também tem desfile, que é promovida pela ATMS (Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul) e deve chegar este ano na sua 17ª edição, em novembro, mês em que o evento costuma ser realizado. A propósito, travestis e transexuais protagonizam o pioneirismo do movimento LGBT de Campo Grande, puxados por Cris Steffany, que inclusive foi a primeira travesti a ocupar cargo público em todo o Estado, no caso, como Coordenadora de Políticas Públicas LGBT da Prefeitura de Campo Grande.